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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

SÍNDROME COMPLEXA DE DOR REGIONAL E DISTROFIA SIMPÁTICO REFLEXA.

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A Síndrome Complexa de Dor Regional (SCDR) refere-se a uma condição dolorosa crônica de difícil controle, que agrupa estados patológicos com características clínicas semelhantes.
A manifestação inicial é a dor com duração e intensidade desproporcionais ao fator desencadeante. Com a evolução do quadro, associam-se algumas das alterações regionais típicas:
Alterações motoras: fraqueza, fadiga, espasmos musculares, atrofia muscular, retrações tendíneas, distonias, negligência motora ou tremores.
Alterações na percepção da dor: hiperalgesia, hiperpatia ou alodínea.
Alterações da pele: coloração, temperatura, trofismo, sensibilidade e sudorese.
Alterações do crescimento dos pelos e unhas.
Alterações vasomotoras.
Vários outros termos já foram utilizados na literatura para descrição do mesmo quadro: Distrofia Simpática Reflexa, Causalgia, Algodistrofia, Dor mantida pela atividade do Sistema Nervoso Simpático, Atrofia de Sudeck, Osteoporose Dolorosa Pós-traumática, Edema Pós-traumático, Edema Traumático Crônico, Síndrome Ombro-Mão, Distúrbio Vasomotor Pós-traumático.
O termo Síndrome Complexa de Dor Regional foi adotado pelo Subcomitê de Taxonomia da IASP (International Association for the Study of Pain) em 1994, após um Consenso entre especialistas mundiais em dor, substituindo o termo Distrofia Simpática Reflexa, amplamente utilizado naquela época.
O termo Distrofia Simpática Reflexa, embora consagrado, sugeria um mecanismo fisiopatológico que nunca foi comprovado. Além disso, muitos pacientes não apresentavam alterações tróficas e não respondiam ao bloqueio regional do sistema nervoso simpático1.
O termo Dor mantida pelo Sistema Nervoso Simpático deveria ser reservado para pacientes com dor crônica que melhoravam após o bloqueio do Sistema Nervoso Simpático (por exemplo: alguns casos de Neuralgia Pós-Herpética).
SINAIS E SINTOMAS
Os sinais e sintomas localizam-se mais frequentemente na extremidade dos membros, possivelmente porque são os locais mais expostos aos traumatismos, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo recoberto por pele, havendo relato de acometimento em face e genitálias.
Os sinais e sintomas mais comumente encontrados são: dor, edema, alterações da motricidade e da sensibilidade, alterações da coloração e temperatura da pele, alterações na sudorese e alterações tróficas.
Mecanismos Fisiopatológicos
Os mecanismos envolvidos na gênese e sustentação da síndrome ainda são desconhecidos. Provavelmente diferentes eventos fisiopatológicos ocorrem em locais distintos, simultaneamente ou em seqüência. Não existe um modelo que explique todas as formas de apresentação e evolução da síndrome.
O ciclo reverberante de dor, imobilização, desuso, piora da dor, parece ser importante na gênese e perpetuação do quadro, entretanto não pode explicar todos os casos.
As alterações do estado psicológico e humor não parecem ser primários.
Acredita-se que o desenvolvimento e a manutenção da SCDR ocorram devido a disfunções do neuroeixo, incluindo o Sistema Nervoso Central (SNC) e o Periférico, com seus componentes sensitivos, motor e autônomo1,3.
Em muitos pacientes, o comprometimento miofascial regional também parecer contribuir de forma significativa para a manutenção do quadro. É importante lembrar que os diferentes sistemas do organismo estão integrados e relacionados a todos os outros. Estresse psicológico tem efeito fisiológico direto sobre o neuroeixo e o sistema musculoesquelético. O grau de participação de cada sistema deve variar de paciente para paciente, devido às diferenças individuais.
A SCDR parece não refletir um simples evento fisiopatológico, mas ao contrário, tratar-se de distúrbios heterogêneos onde diversos mecanismos fisiopatológicos resultam em similares sinais e sintomas clínicos.
Estudos demonstram que até 50% dos pacientes com SCDR I desenvolvem hipoestesia e hipoalgesia no hemicorpo ou no quadrante superior ipsilateral a extremidade afetada. Pacientes com esses déficits sensoriais tem uma maior duração da doença, maior intensidade de dor, maior freqüência de alodínia mecânica maior tendência em desenvolver alterações no sistema somatomotor do que pacientes com déficits sensoriais restrito espacialmente.
Essas mudanças somatosensoriais são provavelmente decorrentes de alterações da representação central de sensações somatosensoriais no tálamo e no córtex. Estudos de tomografia com emissão de pósitron, magnetoencefalografia e ressonância nuclear magnética funcional observam alteração da representação do córtex sensitivo primário do membro afetado, bem como aumento da atividade do córtex, fato provavelmente associado ao influxo nociceptivo contínuo nessa área e que pode diminuir uma vez que seja empregado tratamento eficaz .
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é baseado na história e nos achados clínicos.
Exames complementares são solicitados para excluir outras patologias ou co-morbidades. Os mais importantes são:
Laboratoriais
Exames de imagem
Exames funcionais.
Os exames laboratoriais necessários são: hemograma, provas inflamatórias de fase aguda, pesquisa dos marcadores de atividade reumática, função tireoideana e glicemia. Esses testes objetivam realizar diagnóstico diferencial com outras doenças que causam sintomas semelhantes aos da SCDR, já que nenhum desses exames apresentam informação específica que diagnostique SCDR.
Os exames de imagem como Raio-X, Ultra-som, Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética , Cintilografia e a Densitometria óssea são importantes também para avaliação de lesões ósseas, ligamentares ou articulares ocultas ou suspeitas. Muitas vezes somente usando métodos de imagem adequados é que podemos constatar lesões benignas ou malignas em pequenas estruturas que podem influenciar no diagnóstico e tratamento.
São mais importantes durante o período inicial da doença para o diagnóstico diferencial, apesar de poderem demonstrar também as lesões atróficas das fases mais avançadas.
A eletroneuromiografia é importante para o diagnóstico da lesão nervosa associada ou para o diferencial com outras radículo-neuropatias.
Teste sensorial quantitativo informa o perfil sensorial do sintoma do doente (função ou disfunção de fibras aferentes mielinizadas e amielinizadas) testando limiares térmicos, vibratórios e dolorosos. No entanto, não há perfil sensorial característico da SCDR.
Testes autonômicos com o teste quantitativo do reflexo do axônio sudomotor fornece informação sobre a função do reflexo sudomotor. O edema pode ser quantificado por medir o deslocamento de água causado quando os membro são introduzidos em um recipiente. Função vascular autonômica pode ser testado por doppler fluxometria a laser e termografia infra-vermelho.
A termografia quantitativa da pele é um meio de demonstrar a variação do fluxo sanguíneo. Um estudo que avaliou o valor diagnóstico da assimetria de temperatura em SCDR, encontrou sensibilidade de 32% em repouso, que aumentou até 76% durante alteração controlada da atividade simpática (aquecimento e esfriamento do corpo) e 93% de especificidade.
TRATAMENTO
O paciente requer um modelo de tratamento multidisciplinar onde os cuidados estão centrados na reabilitação, que é o componente mais importante, associado ao uso de medicamentos para aliviar os sintomas1,3,5,7,9,11,18,19.
A abordagem deve envolver:
Tratamento analgésico
Tratamento fisioterápico
Tratamento psicológico
Os locais apropriados para o tratamento destes pacientes são as Clínicas de Dor.
O objetivo da equipe deve ser o restabelecimento da função do membro afetado (mesmo que em longo prazo), prevenção das alterações tróficas dos tecidos e a reabilitação psíquica, social e profissional. Os esforços e atenção devem ser concentrados na terapia física vigorosa e ocupacional.
Tratamento médico
O papel do médico é coordenar a equipe, promover o alívio dos sintomas facilitando a reabilitação.
O controle analgésico pode ser alcançado utilizando medicamentos ou métodos cirúrgicos. Técnicas como Acupuntura ou Hipnose podem ser úteis, mas ficam reservadas para profissionais qualificados.
O médico deve incentivar e motivar o paciente, os familiares e a sua equipe. Identificar e evitar condutas e atitudes iatrogênias.
A interrupção do tabagismo parece diminuir a incidência de SCDR. Em um estudo retrospectivo com 53 pacientes com SCDR, houve menor incidência da doença entre os não fumantes (68 versus 37%).13 Tratamento farmacológico A ausênica de entendimento dos mecanismos patofisiológicos e de claros critérios diagnósticos dificultam a realização de estudos que avaliem as modalidades terapêuticas para a SCDR. Na literatura internacional há três revisões de estudos que avaliam o tratamento da SCDR, com resultados pouco estimulantes, e estudos de pouca qualidade.


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Como desenvolver a autoestima, ganhar confiança e viver com mais entusiasmo.

Paixão, entusiasmo, alegria, esperança e tantas outras emoções positivas são o combustível para uma vida plena de EROS, essa energia magnífica que pode destruir, mas que principalmente pode ampliar.

Mais do que nunca se sabe que as doenças físicas e mentais estão profundamente associadas a fatores biológicos e psicossociais. Portanto, é importante aprender, ou melhor, reaprender a se conectar com o novo, como uma maneira de se atualizar sempre no seu desejo e na maneira de sentir e absorver o mundo que nos cerca.

Posso destacar aqui uma maneira muito simples e quase óbvia, mas que raramente usamos em nosso proveito que são nossos órgãos dos sentidos, pois é através dos órgãos sensoriais que as mensagens de prazer entram em nossa vida,estimulando o desejo.

Por que falar de desejo quando eu quero falar de autoestima, felicidade, estar de bem consigo mesmo ou mesma? Por que reconhecer o seu próprio desejo e satisfazê-lo é o alimento que a alma precisa para dar estrutura ao Ego para suportar os reveses da vida sem ser derrubada por eles.

Usar a visão para olhar o que é belo,ouvir uma música com o coração e a memória, saborear a vida e o bolo de chocolate sem culpas, acariciar e abraçar para se arrepiar; e dessa maneira abrir seus próprios canais de conexão com o mundo e com seus próprios desejos.

É necessário assumir seus prazeres e necessidades, entendendo e aceitando a diversidade em todos os sentidos, com respeito pela própria natureza e pela dos outros. Ser inteiro e a cada dia se reconhecer e se validar, hoje o gozo, amanhã choro, acerto e erro, tendo coragem e medo.

Luz e sombra fazem o todo e aceitar-se assim e se permitir sentir e viver todos os seus desejos e se encontrar com seu próprio EU, aquele que a gente muitas vezes esconde da gente mesma por conta das obrigações e responsabilidades.

Fazer a cada dia um novo dia, em anseios e respostas, abdicando das fórmulas prontas que muitas das vezes está calcada não nos desejos e experiências, atuais, mas sim em dificuldades e medos ultrapassados e sem sentido no hoje, no aqui e agora.



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Há homens que lutam por um dia e são bons.

Há outros que lutam por um ano e são melhores.
Há outros, ainda, que lutam por muitos anos e são muito bons.
Há, porém, os que lutam por toda a vida,
Estes são os imprescindíveis.

Bertolt Brecht.