Como a criança pega anemia falciforme? Ela é comum?
A anemia falciforme é uma doença hereditária, mais comum na população negra ou de ascendência africana. Segundo o Ministério da Saúde, em alguns Estados brasileiros, como a Bahia, a doença chega a atingir 1 em cada 500 recém-nascidos.
Os pais podem ser portadores assintomáticos da doença, que é causada por um gene recessivo. Se dois portadores tiverem filhos, a criança pode nascer com a doença, se herdar um gene recessivo de cada progenitor.
Crianças que possuem apenas um dos genes podem ser assintomáticas ou apresentar uma leve anemia, com a possibilidade de crises em situações muito extremas, como em grandes altitudes.
Como a anemia falciforme é diagnosticada? A anemia falciforme é um dos exames presentes na fase 2 do teste do pezinho ampliado. Alguns Estados adotam a fase 2 do Programa Nacional de Triagem Neonatal do governo federal, outros não (existe até a fase 3).
Procure se informar sobre os testes gratuitos realizados na maternidade em que você deu à luz. Nos casos em que o exame não está incluído no teste do pezinho, ele pode ser feito sob recomendação médica, e às vezes é preciso pagar à parte.
Caso o teste do pezinho dê positivo para a doença, novos exames serão feitos para confirmar o diagnóstico.
O exame que diagnostica o problema é uma análise de sangue específica chamada eletroforese da hemoglobina. Pelo exame, dá para saber se a criança tem a doença ou se é portadora assintomática do gene recessivo.
Também dá para diagnosticar a doença antes mesmo do nascimento do bebê, assim como outras hemoglobinopatias (como a talassemia), com exames como a amniocentese e a biópsia do vilo corial.
Quais são os sintomas? Os sintomas começam a aparecer quando os bebês têm entre 4 e 6 meses. A hemoglobina deformada fica retida nos vasos sanguíneos e atrapalha a circulação normal. Por isso, a criança pode ter dor nos braços, nas pernas, nas costas e na barriga.
A dor pode ser bastante intensa. A anemia falciforme também provoca inchaço nas mãos e nos pés, rigidez e dor nas articulações e forte sensação de cansaço -- as chamadas crises dolorosas. A gravidade dos problemas varia muito: há pessoas que têm sintomas muito leves e quase não sentem dor, e há outras que têm muitas crises.
A maioria das crianças afetadas passa por fases difíceis e fases melhores. Crianças falcêmicas também correm mais risco de ter infecções, por isso muitas vezes os médicos prescrevem a administração diária de penicilina até os 5 anos. Um esquema de vacinação mais completo é recomendado.
Outro sintoma é a própria anemia, que pode ser intensa nas chamadas crises aplásicas (insuficiência da medula em produzir hemácias). O tratamento para a anemia pode incluir várias transfusões de sangue.
O que devo fazer se meu filho tiver uma crise? É preciso procurar atendimento médico imediato sempre que há uma crise. Quando a criança está tendo uma crise dolorosa, mesmo que ela ainda seja muito pequena, a diferença no comportamento será perceptível.
Uma pessoa em crise sente-se mal e reclama de forte dor de barriga e no peito, dor de cabeça e rigidez no pescoço, além de tontura. A temperatura do corpo sobe e a pessoa transpira, e pés e mãos podem inchar.
Quais são as opções de tratamento? A anemia falciforme é uma doença para a vida toda, mas é possível administrar os sintomas e complicações. Para evitar infecções, a criança terá que tomar uma dose diária de penicilina. Os médicos também receitam suplementação de ácido fólico para ajudar na produção de sangue.
É possível aliviar a dor com medidas simples como compressas mornas. Analgésicos costumam ser usados, e o médico pode receitar medicamentos mais fortes.
Transfusões sanguíneas também podem ser usadas para controlar o quadro.
O que posso fazer para evitar que meu filho falcêmico fique doente? Existem vários fatores e situações que podem deflagrar a deformação dos glóbulos vermelhos, por isso é importante tentar evitá-los. Fazer atividades físicas muito cansativas ou ir para lugares de grande altitude, por exemplo, podem reduzir o suprimento de oxigênio que a criança recebe e provocar uma crise falcêmica.
O estresse e a depressão também podem deflagrar um episódio. Se a criança precisar de uma cirurgia, a anestesia também pode aumentar a deformação dos glóbulos vermelhos. Outro fator que causa crises são infecções em geral, tanto bacterianas como virais.
Tente manter seu filho sempre bem hidratado, e é importante deixá-lo descansar bastante. O ideal é que ele fique sempre aquecido e no seco, e longe de pessoas doentes. A atividade física, no entanto, não deve ser desencorajada.
A Anemia Falciforme é uma doença hereditária, incurável, causada por uma alteração dos glóbulos vermelhos do sangue que adquirem formato de foice, dificultando a sua passagem pelos vasos sangüíneos, causando fortes dores e que tem maior incidência na etnia negra.
Para a Associação de Anemia Falciforme do Estado de São Paulo a criança com esta moléstia deve ser encorajada a participar de todas as atividades da escola. Ela precisa de desafios para ser estimulada.
ANEMIA FALCIFORME – SINTOMAS, CAUSAS E CARACTERISTICAS DO DIAGNOSTICO
Esta é Causada pela substituição da glutamina por valina na sexta posição da cadeia alfa. Os principais sintomas são episódios recorrentes de febre com dor nos braços, nas pernas ou no abdomen desde o início da infancia.
Esplenomegalia apenas no início da infancia; icterícia, palidez; os adultos têm asplenia funcional.
Anemia e contagem de reticulócitos elevada com afoiçamento irreversível das células no esfregaço de sangue periferico; níveis elevados de bilirrubina indireta, LDH; teste de afoiçamento positivo; hemoglobinas S e F na eletroforese.
COMPLICAÇÕES DA ANEMIA FALCIFORME
As complicações incluem osteomielite por Salmonella, aumento acentuado da incidência de infecções por microrganismos encapsulados e complicações isquêmicas em qualquer região hipóxica ou de fluxo lento da circulação (p. ex, intersticio medular dos rins).
Cinco tipos de crises: álgica, aplásica, megaloblástica, sequestro e hemolítica.
História familiar positiva e de anemia hemolítica vitalícia.
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL
. Outras hemoglobinopatias
. Febre reumática aguda
. Osteomielite
. Abdome agudo por qualquer causa
. Na presença de hematuria, litíase ou tumor renal
ANEMIA FALCIFORME TRATAMENTO
. Suplementação crônica de ácido fólico oral
. Hidratação e analgésicos
. Hidroxiuréia para pacientes com crises frequentes
. Exsanguineotransfusão parcial para as crises vasoclusivas refratárias, síndrome torácica aguda, acidente vascular encefálico ou ataque isquêmico transitório, priapismo
. Transfusão para as crises hemoliticas ou aplásicas e durante o terceiro trimestre de gravidez
. Vacinação pneumocócica
. Aconselhamento genético Dica
No que concerne à anemia falciforme: qualquer manifestação que a doença possa causar, o caráter também pode. Ref. Claster S, Vichinsky
ALTERNATIVAS NATURAIS: FONTES DE NUTRIENTES FERRO: Encontrado em todas as folhas verdes, melado de cana, rapadura, caldo de cana e jenipapo (contém o mesmo teor de ferro que o feijão, com a vantagem de ser mais facilmente absorvido). No leite materno pode ser absorvido até 100%. Nas leguminosas em geral (feijão, lentilha, grão de bico, etc.) encontramos o ferro, porém estas não devem ser vistas como solução porque causam fermentação, complicando o quadro digestivo. VITAMINA B 12: Está nos ovos caipiras, derivados do leite (coalhada, iogurte e queijos brancos), levedura de cerveja, confrei, e pode ser produzida no intestino se este estiver limpo e equilibrado.
Em determinado congresso em S.Paulo foi discutido que a água contém a vitamina B 12 que é extraída do solo e não é destruída pelo cloro. A saliva também contém esta vitamina. Ao beber água em jejum, ela será absorvida. Para se produzir a vitamina B 12 é necessário que a mucosa do estômago esteja em bom estado de produção de ácidos. A falta de ácido no estômago é provocada pela ansiedade, gastrite crônica, câncer da mucosa do estômago, etc..
VITAMINA B 15: Encontrada principalmente nas folhas verdes.
ÁCIDO FÓLICO: Presente nas folhas verdes e também no repolho. A deficiência do ferro e da vitamina B 12 provoca um tipo de anemia bem caracterizado. Se uma pessoa teve hemorragia, por isso expeliu muito ferro e não comeu alimento adequado para repor, ou tem distúrbios e não consegue absorver o ferro, terá uma hemácia pequena, a anemia chamará MICROCITICA. A que decorre da vitamina B 12 chamará MACROCITICA (hemácia grande), não teria material para produzí-la grande, porém está cheia de água. Entre outras, existe também um tipo de anemia que não acontece por deficiência de ferro, nem necessariamente por deficiência de vitamina B 12, é a anemia por destruição das hemácias, que é a talassemia, anemia FALCIFORME, isto porque as hemácias são produzidas anormalmente no formato de foice.
O ferro está presente no baço, a finalidade dele é recolher as hemácias velhas, que estão deformadas. Ele tem disposição de vasos que filtram. Se a hemácia está perfeita ela passa, se não, ela é retida e o baço come. Mas o fígado também consome estas hemácias e o ferro é guardado para a produção de novas hemácias. A anemia falciforme nasceu quando determinada população da África desenvolveu um gen na qual aconteceu uma mutação genética que provocou alterações nas hemácias. “Coincidência” é que portadores destas alterações, em determinadas condições, tinham resistência à malaria. Então a população ficou protegida da malária, os outros, que tinham o sangue normal, morriam de malária, com isso aumentou a quantidade de falcêmicos na população. Estas tribos eram do litoral; se estas pessoas fossem para as montanhas teriam a crise, porque lá o baço se contrai e aumenta a quantidade de hemácias no sangue e estas hemácias estando deformadas, o quadro sei agravará. Também poderia entrar em crise se vivesse em ambiente poluído, com tensões nervosas ou em algum estado emocional sério.
A anemia falciforme só se manifesta em baixas de oxigenação, isto é, as hemácias desta pessoa são iguais às de uma pessoa normal, mas se houver uma deficiência de oxigênio, as hemácias mudam de forma, ficando com formato de foice, por isso, as pontas engancham nos vasos do baço e o baço destrói imediatamente. É por isso que os exercícios respiratórios vão ajudar no processo da cura. É bom lembrar que a anemia falciforme é hereditária e geralmente se manifesta em pessoas negras. Um determinado casal pode ter a doença, sem nunca ter manifestado, e o filho apresentar a crise num grau mais forte por causa da combinação gênica. Quando a anemia é muito severa as hemácias são destruídas e aumenta exageradamente a bilirrubina e o fígado não vai conseguir metabolizar. As hemácias serão depositadas na pele e a pessoa ficará amarelada ao que damos o nome de icterícia, mas o fígado não está doente. Poderia ser, se fosse uma hepatite, mas no caso da anemia falciforme o fígado está perfeito, embora com o tempo possa adoecer. Então nem sempre quando alguém está verde é o fígado que está doente.
Cuidado com os complementos alimentares como farelo, germe de trigo, etc. que roubam o ferro e cálcio. O cereal em geral é desmineralizante por excesso de fibras, por isso macrobióticos, que comem excesso de cereal, tem a tendência a ficar com aquela cor. O germe de trigo não é tão rico em fibras, mas não devemos comer em quantidade porque os excessos de minerais vitamínicos vão estimular a eliminação em excesso. Foi por causa disso que americanos que usavam tantas vitaminas, ficaram com deficiência delas, também o excedente da vitamina C pode aumentar a quantidade de cálculo renal por causa do excesso de eliminação pelos rins.
COMO O NATURISMO TRATA UMA ANEMIA No naturismo estamos acostumados a pensar que se fica doente por causa de uma intoxicação, falamos muito em toxemia, mas não podemos esquecer que ela pode ser provocada pela ausência de nutrientes e não pela presença de tóxicos. A pessoa tem uma doença porque tem substâncias erradas e inadequadas em excesso no sangue ou nos tecidos. Mas a pessoa também pode ficar doente porque não tem substância adequada nos tecidos.
Vamos começar pelos princípios nutricionais: - Ingerir salada crua com bastante folhas verdes, temperadas com limão (porque o ferro é melhor absorvido em meio ácido como a vitamina C). Comer gema de ovo (caipira) cozida, dia sim, dia não, mas dependendo do caso tira-se ou acrescenta-se mais ovos. - Tomar suco de couve, adoçado com melado de cana, acrescido de gotas de limão, em jejum e mais duas vezes ao dia.
Pode-se variar com confrei. - No desjejum ou jantar, comer jenipapo acrescido de melado e limão. - Cozinhar com prego ou usar panelas de ferro. - Tomar coalhada, quanto mais nova, melhor. Para não ficar ácida, fazer diariamente. O organismo só absorve o ferro e o cálcio na sua necessidade certa, não havendo perigo de excesso destes minerais a não ser que sejam ingeridos através de remédios alopáticos em um período muito longo.
PROCEDIMENTOS COMPLEMENTARES: A HIDROTERAPIA, que estimula a eliminação das toxinas, além de limpar e vitalizar os órgãos, é imprescindível: - Fazer lavagens intestinais durante 7 dias seguidos, para o intestino funcionar perfeitamente; distúrbios digestivos podem impedir a absorção dos nutrientes, principalmente o ferro e cálcio que são muito sensíveis. - Fazer banhos de assento e usar faixas úmidas que melhoram o funcionamento de todo aparelho digestivo, incluindo fígado e baço. Ainda pode-se recomendar frotação uma ou várias vezes ao dia.
A folha de aipim (mandioca mansa), é muito rica em ferro. Deve ser seca à sombra, pilar ou bater no liquidificador, peneirar e guardar em vidro escuro. O ácido cianídrico que é venenoso e contém em concentrações elevadas, desaparece quando transformado em pó.
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