Fobia: quando o medo se torna doença
Além de causar grande sofrimento, as fobias podem afetar seriamente a vida das pessoas
Por Deborah Busko,
Sabe aquela sensação de que algo ruim pode acontecer, aquele incômodo diante de um objeto, de uma pessoa, animal ou até uma situação? É o medo, que funciona como uma defesa quando a pessoa se depara com algo que represente uma possível ameaça, seja ela física ou psicológica.
Apesar de ser um sentimento normal, o medo pode se tornar um distúrbio quando passa a ser persistente e excessivo. Diferente do medo normal, a fobia se transforma em algo exagerado e irracional, fazendo com que a pessoa tente evitar o que ativa o medo e suporte as situações e objetos temidos com grande ansiedade e angústia.
Se para algumas pessoas andar de elevador, por exemplo, é uma situação que não oferece perigo, para quem tem claustrofobia pode causar um desconforto e tanto. Para as pessoas que têm alguma fobia, a sensação de medo vem acompanhada de uma ansiedade intensa e em alguns casos, ocorrem até sintomas físicos que vão de taquicardia, vertigens, suor excessivo, tremores, até crises de pânico.
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A fobia não tem idade pode aparecer, o transtorno pode surgir desde a infância até a fase adulta e sua intensidade varia de pessoa para pessoa. É possível que a pessoa com algum tipo de fobia consiga levar uma vida normal, sem que esse medo excessivo interfira negativamente nas atividades cotidianas.
Existem três tipos de fobia: agorafobia, fobia social e as fobias específicas.
Agorafobia
É um transtorno de ansiedade que geralmente está ligado à crises de pânico. A pessoa sente medo de estar em ambientes fechados ou em situações em que seria difícil escapar ou receber socorro no caso de uma emergência. O agorafóbico evita elevadores, locais com grande aglomeração de pessoas como cinemas, shoppings, shows, enfrentar congestionamentos, estar em ônibus, aviões, metrô, passar por túneis e pontes. Nos casos mais graves, a agorafobia pode comprometer a vida social e profissional de uma pessoa.
Fobia social
Quando precisamos nos expor publicamente, é comum que a situação gere ansiedade e apreensão. Mas para quem sofre de fobia social, atividades como trabalhar, escrever ou falar na frente de outras pessoas causam pavor. O contato com outras pessoas é visto como ameaça, pois pode causar alguma situação de humilhação, a pessoa imagina que pode fazer algo que seja considerado ridículo ou embaraçoso como gaguejar, ter um “branco” ou falar alguma besteira.
Fobias específicas
As fobias específicas são muitas. Algumas delas são relacionadas a animais, objetos e situações mais conhecidas enquanto outras, são bastante diferentes, inclusive no nome. Medo de altura, de baratas, cobras, cachorros, abelhas, medo de dentista, de injeção, de escuridão, de trovão. Confira alguns nomes de fobias curiosas:
Ablutofobia – medo de lavar-se ou de tomar banho
Anuptafobia – medo de ficar solteiro(a)
Astenofobia – medo de desmaiar
Brontofobia- medo de trovões e relâmpagos
Coulrofobia – medo de palhaços
Eisoptrofobia – medo de espelhos ou de se ver no espelho
Iatrofobia – medo de ir ao médico
Levofobia – medo das coisas que ficam ao lado esquerdo da pessoa
Tripanofobia – medo de injeção
Unatractifobia – Medo de pessoas feias
Hipnofobia – Medo de dormir; horror ao sono
Fonofobia – Medo e horror à sua própria voz e pavor de falar alto
Fobofobia – Medo dos seus próprios medos; de ter algum tipo de fobia
A EXPLICAÇÃO:
Muitas pessoas sofrem de medos e fobias:
SINTOMAS: aceleração da frequência cardíaca, estreitamento do campo visual, vista turva, hiperventilação, dor no peito, bloqueio do pensamento, transpiração e boca seca. O ataque frequentemente é acompanhado do desconforto, busca intensa para evitar a situação ou para fugir uma vez na situação em si e o comportamento de fuga abrange tanto as situações quanto os pensamentos, (isto é, não pensar sobre os acontecimentos embaraçosos), determinadas pessoas, tem uma percepção aumentada das situações sociais como ameaça. Nestas situações temem ser avaliadas negativamente pelos outros, que eles descubram suas fraquezas, não querem ser rejeitadas ou criticadas por isto e que indivíduos em situação superior estejam atentos aos seus defeitos. Preocupação excessiva e vigilante em relação ao que o outro irá pensar sobre ela mesma.
CAUSAS: Geralmente as pessoas com Fobia-Social têm um auto-conceito negativo de si mesmas e quando em situações de exposição isso propicia o surgimento de pensamentos automáticos do tipo; "vão rir de mim", "estão vendo que minhas mãos tremem e que estou vermelha", antecipações catastróficas do tipo: "vou ficar com a boca seca, minhas idéias vão embaralhar e não vou conseguir falar". Ter passado por situações de ansiedade frente a público, gerou associações (medo de situações semelhantes), estratégias compensatórias (evitação fóbica, exagero na preparação de apresentações, perfeccionismo, déficits em habilidades sociais), pensamentos negativos e exagerados de rejeição e crenças errôneas.
A fobia social caracteriza-se pelo medo persistente e irracional do indivíduo de ser julgado negativamente por outras pessoas, levando a evitação das situações que envolvem contato social, ou a possibilidade de estar sendo observado.
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