De: Isabel Ferreirinha (ferreirinhaisabel@hotmail.com)
Enviada: quarta-feira, 12 de maio de 2010 11:43:44
Para: benedictxvi@vatican.va
Exmo e Meretissimo Santo PADRE,
Sua Santidade vai por certo me perdoar esta minha ausadia de lhe escrever, mas o meu desespero é tanto e muito, que me leva a vir desabafar com sua Santidade, porque Sofro muito com uma doença chamada Fibromialgia, e aqui em Portugal, pais que sua Santidade está a visitar neste momento é completamente ignorada.
É por essa razão que lhe estou a escrever, porque não conseguia chegar a sua Santidade de outra forma. O que lhe vou contar é um desabafo de uma sofredora e espero que entenda e que me ouça já que ninguém mais o faz. O meu portugues escrito não é o melhor, mas acho que sua Santidade me vai perdoar, porque não sou formada nem doutorada apenas sou uma pessoa do povo com grande devoção á fé cristã.
Chamo-me Isabel Ferreirinha tenho 42 anos e moro no Porto cidade que sua Santidade vai visitar dia 14 de Maio de 2010, sou católica e pertenco ao escutismo catolico portugues, sofro de Fibromialgia há 9 anos e venho contar a minha história em jeito de confissão e pedir a sua Santidade que intreçeda aos nossos governantes por nós que sofremos muito com esta doença.
Vou lhe relatar aqui algumas partes da minha vida e uma delas é a carta que escrevi aos nossos governantes.
Escrevi ao Presidente da República e ao Primeiro-Ministro, para que tomassem consciência de que a Fibromialgia era uma doença que me impunha limitações, tanto na vida profissional como na vida privada. Pedi para que a doença fosse reconhecida como incapacitante, assim como era nos outros países da União Europeia, à qual nós pertencemos.
Esta carta consistia no meu testemunho, como doente crónica e na descrição de como era vivido o meu dia-a-dia.
Escrevi com emoção e com revolta para que os nossos Governantes pudessem ter consciência da falta de apoio que sentia por parte deles.
Carta ao Presidente da República e ao Primeiro-Ministro no dia 13/07/2007
Testemunho de uma Doente Crónica que Sofre em Silêncio.
Chamo-me Isabel Cristina Pereira de Sousa Ferreirinha, tenho 39 anos e foi-me diagnosticado há 3 anos o Síndrome Fibromiálgico, embora esteja convencida, que existe a possibilidade de sofrer desta doença há muito mais tempo.
A dor e o desespero levaram-me a consultas médicas e depois de muitos exames (alguns bastante dolorosos), foi me diagnosticado a Fibromialgia.
Luto diariamente contra dores insustentáveis, que tantas vezes me tiram a vontade de viver e me deixam a pensar: Porque eu? Porque me tiraram as coisas mais bonitas que a vida tinha para me oferecer? Porque que já não consigo fazer parte delas?
Para que possam ter consciência do meu sofrimento, gostaria que soubessem um pouco do meu dia-a-dia.
Por vezes as dores são generalizadas, outras vezes localizadas, como por exemplo, costas, ombros, pescoço, rosto, cabeça, ancas, pernas joelhos, mãos e peito. São dores que me provocam um mau estar e incapacidade geral, como que de uma gripe com elevada temperatura se tratasse. Tantas vezes penso que estou a ser picada, ferrada por uma tremenda fera, ruída por vermes internos, queimada, um tractor suportado em cima do meu corpo, carne retirada a sangue frio. Tantas e tantas vezes pensei que estava a entrar na menopausa, tantos eram os calores que sentia, a dormência e o formigueiro que invadiam o meu corpo e logo a seguir um frio de arrepiar que nada me consegue aquecer. Tantas e tantas vezes me apetece gritar e chorar, pois não aguento me levantar e nem se querer poder ir trabalhar. O sono não reparador que tenho diariamente é um sintoma que faz com que me canse e que logo pela manhã, me levante fatigada, esgotada e as tarefas do meu dia-a-dia, tornam-se penosas. Por vezes até um simples sorriso é para mim difícil de efectuar. Quando tento fazer uma simples tarefa que para qualquer um de vocês é normal, a mim deixa-me aos dois dias de cama.
Alguém pode imaginar como uma mulher com 39 anos se sente, quando não consegue executar as tarefas que mais gosta e que sempre e em toda a sua vida as fez com prazer?
Hoje vivo com limitações, que fazem com que de tente adaptar a minha vida pessoal e social, já que a laboral ainda não tenho condições para a fazer.
Toda a medicação que é muita para acalmar a dor, fisioterapia adequada e relaxamento, tudo é pago do meu bolso, pois estas são despesas que o nosso Estado ainda não oferece de livre e espontânea vontade e aos quais todos os doentes Fibromialgicos deveriam ter direito. Já que é o único Pais da União Europeia que não reconhece a doença como incapacitante.
Além do apoio de pessoas conhecidas e familiares que sempre me dão força, outros desacreditam das minhas dores e do estado deplorável a que cheguei, fazendo muitas vezes chacota do meu estado como se de uma louca se tratasse.
Hoje em dia vão-se aproximando aos poucos sem saber se estão informados da doença em causa ou se voltaram a ver em mim a pessoa amiga, humilde, responsável, sincera e honesta que sempre fui e que continuo a ser.
Deixo neste testemunho, partes importantes da minha vida, com a esperança de que algo possa ser feito para ajudar todos os doentes Fibromialgicos que assim como eu sofrem em silêncio.
Em tom de despedida deixo-vos este pequeno texto.
“Lembrem-se que ao longo da nossa vida temos que ultrapassar vários obstáculos e várias mudanças. Só o amor e afecto que sentimos e que nos dão fazem com que viver ainda valha a pena.”
Isabel Ferreirinha 13/07/2007
É certo que recebi a resposta dos nossos governantes, mas não fizeram nada, e em nada alteraram a lei.
Em Maio de 2008, sou chamada pela quarta vez consecutiva á Junta Médica, onde volto a ser avaliada. E desta vez sou mesmo mandada trabalhar. De nada adiantou levar comigo os relatórios médicos, e a circular informativa Nº. 27/DGCG de 03/06/2003 da Direcção Geral de Saúde Divisão das Doenças Genéticas, Crónicas e Geriátricas, em que esclarecia todos os médicos sobre a doença, o Síndrome Fibromialgico.
Como tinha que ir trabalhar, a medicação foi reduzida, porque se não fosse ia a literalmente a dormir para o emprego, e assim as dores voltaram, e ir trabalhar tornou-se um pesadelo diário.
Para voltar a ter direito a baixa médica renumerada, tinha que trabalhar seis meses consecutivos. Mas o certo é, que somando o global dos dias que trabalhei não perfaziam dois meses. Passava muitos dias de cama.
O que me dava alento para continuar, era saber que tinha apoio de familiares e dos colegas de trabalho mesmo a nível hierárquico superior.
Um dos grandes problemas da Fibromialgia é que a maior parte das pessoas não compreendem a doença, dizem que somos malandros, que não queremos trabalhar e o que gostamos é de estar sem fazer nada. Bem, não imaginam como isto é doloroso, ainda dói mais do que a própria doença. A Fibromialgia é uma doença que não se vê por fora, mas quem a tem sabe o que ela nos faz por dentro.
Em Julho de 2009, fico sem emprego porque o nosso governo continua a insistir na teoria de que a Fibromialgia não é uma doença incapacitante e assim sendo não tenho direito a reforma, nem a baixa médica, sou “obrigada” a ficar no fundo de desemprego.
Sou Cidadã Portuguesa, cumpro com todos os meu deveres para com o Estado Português. No entanto o Estado Português, não cumpre na totalidade com as suas obrigações para comigo.
Neste momento, e este momento é Maio de 2010, não tenho emprego, não tenho consulta no hospital, e as crises agravam-se de dia para dia, estou a perder massa muscular, porque não consigo fazer nenhum tipo de exercício físico. Os meus dias são passados dentro de casa só, porque o marido vai trabalhar e a filha para o liceu, isto deixa-me muito tempo para pensar. As vezes entro mesmo em estado de desespero, porque sei que não posso arranjar um part-time porque sou nova para a sociedade mas velha para o mundo do trabalho. O fundo de desemprego acaba no fim do ano e eu penso como vou viver? Como vou pagar os medicamentos? Como vou sustentar uma casa e uma filha a estudar? Pois não sei. Mesmo com o marido a trabalhar e eu a receber o fundo de desemprego que nem ao ordenado mínimo chega, tenho que fazer uma grande ginástica para que o dinheiro chegue ate ao fim do mês, quando não tiver o subsidio então não sei como fazer. É nesta minhas andanças de solidão que penso nisto tudo e fico revoltada, triste sem alento nem esperança.
Só queria que o nosso Governo pensasse um pouco mais nesta doença e que dessem a reforma por incapacidade, para que possamos viver um dia de cada vez com um pouco mais de dignidade.
Obrigado Santo Padre por me ter ouvido, peço assim a sua benção já que não consigo andar neste momento para chegar até si, no Porto.
Um grande bem haja por me ter abençoada.
Isabel Ferreirinha.
Enviada: quarta-feira, 12 de maio de 2010 11:43:44
Para: benedictxvi@vatican.va
Exmo e Meretissimo Santo PADRE,
Sua Santidade vai por certo me perdoar esta minha ausadia de lhe escrever, mas o meu desespero é tanto e muito, que me leva a vir desabafar com sua Santidade, porque Sofro muito com uma doença chamada Fibromialgia, e aqui em Portugal, pais que sua Santidade está a visitar neste momento é completamente ignorada.
É por essa razão que lhe estou a escrever, porque não conseguia chegar a sua Santidade de outra forma. O que lhe vou contar é um desabafo de uma sofredora e espero que entenda e que me ouça já que ninguém mais o faz. O meu portugues escrito não é o melhor, mas acho que sua Santidade me vai perdoar, porque não sou formada nem doutorada apenas sou uma pessoa do povo com grande devoção á fé cristã.
Chamo-me Isabel Ferreirinha tenho 42 anos e moro no Porto cidade que sua Santidade vai visitar dia 14 de Maio de 2010, sou católica e pertenco ao escutismo catolico portugues, sofro de Fibromialgia há 9 anos e venho contar a minha história em jeito de confissão e pedir a sua Santidade que intreçeda aos nossos governantes por nós que sofremos muito com esta doença.
Vou lhe relatar aqui algumas partes da minha vida e uma delas é a carta que escrevi aos nossos governantes.
Escrevi ao Presidente da República e ao Primeiro-Ministro, para que tomassem consciência de que a Fibromialgia era uma doença que me impunha limitações, tanto na vida profissional como na vida privada. Pedi para que a doença fosse reconhecida como incapacitante, assim como era nos outros países da União Europeia, à qual nós pertencemos.
Esta carta consistia no meu testemunho, como doente crónica e na descrição de como era vivido o meu dia-a-dia.
Escrevi com emoção e com revolta para que os nossos Governantes pudessem ter consciência da falta de apoio que sentia por parte deles.
Carta ao Presidente da República e ao Primeiro-Ministro no dia 13/07/2007
Testemunho de uma Doente Crónica que Sofre em Silêncio.
Chamo-me Isabel Cristina Pereira de Sousa Ferreirinha, tenho 39 anos e foi-me diagnosticado há 3 anos o Síndrome Fibromiálgico, embora esteja convencida, que existe a possibilidade de sofrer desta doença há muito mais tempo.
A dor e o desespero levaram-me a consultas médicas e depois de muitos exames (alguns bastante dolorosos), foi me diagnosticado a Fibromialgia.
Luto diariamente contra dores insustentáveis, que tantas vezes me tiram a vontade de viver e me deixam a pensar: Porque eu? Porque me tiraram as coisas mais bonitas que a vida tinha para me oferecer? Porque que já não consigo fazer parte delas?
Para que possam ter consciência do meu sofrimento, gostaria que soubessem um pouco do meu dia-a-dia.
Por vezes as dores são generalizadas, outras vezes localizadas, como por exemplo, costas, ombros, pescoço, rosto, cabeça, ancas, pernas joelhos, mãos e peito. São dores que me provocam um mau estar e incapacidade geral, como que de uma gripe com elevada temperatura se tratasse. Tantas vezes penso que estou a ser picada, ferrada por uma tremenda fera, ruída por vermes internos, queimada, um tractor suportado em cima do meu corpo, carne retirada a sangue frio. Tantas e tantas vezes pensei que estava a entrar na menopausa, tantos eram os calores que sentia, a dormência e o formigueiro que invadiam o meu corpo e logo a seguir um frio de arrepiar que nada me consegue aquecer. Tantas e tantas vezes me apetece gritar e chorar, pois não aguento me levantar e nem se querer poder ir trabalhar. O sono não reparador que tenho diariamente é um sintoma que faz com que me canse e que logo pela manhã, me levante fatigada, esgotada e as tarefas do meu dia-a-dia, tornam-se penosas. Por vezes até um simples sorriso é para mim difícil de efectuar. Quando tento fazer uma simples tarefa que para qualquer um de vocês é normal, a mim deixa-me aos dois dias de cama.
Alguém pode imaginar como uma mulher com 39 anos se sente, quando não consegue executar as tarefas que mais gosta e que sempre e em toda a sua vida as fez com prazer?
Hoje vivo com limitações, que fazem com que de tente adaptar a minha vida pessoal e social, já que a laboral ainda não tenho condições para a fazer.
Toda a medicação que é muita para acalmar a dor, fisioterapia adequada e relaxamento, tudo é pago do meu bolso, pois estas são despesas que o nosso Estado ainda não oferece de livre e espontânea vontade e aos quais todos os doentes Fibromialgicos deveriam ter direito. Já que é o único Pais da União Europeia que não reconhece a doença como incapacitante.
Além do apoio de pessoas conhecidas e familiares que sempre me dão força, outros desacreditam das minhas dores e do estado deplorável a que cheguei, fazendo muitas vezes chacota do meu estado como se de uma louca se tratasse.
Hoje em dia vão-se aproximando aos poucos sem saber se estão informados da doença em causa ou se voltaram a ver em mim a pessoa amiga, humilde, responsável, sincera e honesta que sempre fui e que continuo a ser.
Deixo neste testemunho, partes importantes da minha vida, com a esperança de que algo possa ser feito para ajudar todos os doentes Fibromialgicos que assim como eu sofrem em silêncio.
Em tom de despedida deixo-vos este pequeno texto.
“Lembrem-se que ao longo da nossa vida temos que ultrapassar vários obstáculos e várias mudanças. Só o amor e afecto que sentimos e que nos dão fazem com que viver ainda valha a pena.”
Isabel Ferreirinha 13/07/2007
É certo que recebi a resposta dos nossos governantes, mas não fizeram nada, e em nada alteraram a lei.
Em Maio de 2008, sou chamada pela quarta vez consecutiva á Junta Médica, onde volto a ser avaliada. E desta vez sou mesmo mandada trabalhar. De nada adiantou levar comigo os relatórios médicos, e a circular informativa Nº. 27/DGCG de 03/06/2003 da Direcção Geral de Saúde Divisão das Doenças Genéticas, Crónicas e Geriátricas, em que esclarecia todos os médicos sobre a doença, o Síndrome Fibromialgico.
Como tinha que ir trabalhar, a medicação foi reduzida, porque se não fosse ia a literalmente a dormir para o emprego, e assim as dores voltaram, e ir trabalhar tornou-se um pesadelo diário.
Para voltar a ter direito a baixa médica renumerada, tinha que trabalhar seis meses consecutivos. Mas o certo é, que somando o global dos dias que trabalhei não perfaziam dois meses. Passava muitos dias de cama.
O que me dava alento para continuar, era saber que tinha apoio de familiares e dos colegas de trabalho mesmo a nível hierárquico superior.
Um dos grandes problemas da Fibromialgia é que a maior parte das pessoas não compreendem a doença, dizem que somos malandros, que não queremos trabalhar e o que gostamos é de estar sem fazer nada. Bem, não imaginam como isto é doloroso, ainda dói mais do que a própria doença. A Fibromialgia é uma doença que não se vê por fora, mas quem a tem sabe o que ela nos faz por dentro.
Em Julho de 2009, fico sem emprego porque o nosso governo continua a insistir na teoria de que a Fibromialgia não é uma doença incapacitante e assim sendo não tenho direito a reforma, nem a baixa médica, sou “obrigada” a ficar no fundo de desemprego.
Sou Cidadã Portuguesa, cumpro com todos os meu deveres para com o Estado Português. No entanto o Estado Português, não cumpre na totalidade com as suas obrigações para comigo.
Neste momento, e este momento é Maio de 2010, não tenho emprego, não tenho consulta no hospital, e as crises agravam-se de dia para dia, estou a perder massa muscular, porque não consigo fazer nenhum tipo de exercício físico. Os meus dias são passados dentro de casa só, porque o marido vai trabalhar e a filha para o liceu, isto deixa-me muito tempo para pensar. As vezes entro mesmo em estado de desespero, porque sei que não posso arranjar um part-time porque sou nova para a sociedade mas velha para o mundo do trabalho. O fundo de desemprego acaba no fim do ano e eu penso como vou viver? Como vou pagar os medicamentos? Como vou sustentar uma casa e uma filha a estudar? Pois não sei. Mesmo com o marido a trabalhar e eu a receber o fundo de desemprego que nem ao ordenado mínimo chega, tenho que fazer uma grande ginástica para que o dinheiro chegue ate ao fim do mês, quando não tiver o subsidio então não sei como fazer. É nesta minhas andanças de solidão que penso nisto tudo e fico revoltada, triste sem alento nem esperança.
Só queria que o nosso Governo pensasse um pouco mais nesta doença e que dessem a reforma por incapacidade, para que possamos viver um dia de cada vez com um pouco mais de dignidade.
Obrigado Santo Padre por me ter ouvido, peço assim a sua benção já que não consigo andar neste momento para chegar até si, no Porto.
Um grande bem haja por me ter abençoada.
Isabel Ferreirinha.
gostaria que o brasil reconhecese tambem esta dor insuportavel,que me faz ,chorar,recolher do munda
ResponderExcluirQuais são os direitos previdenciários do portador de fibromialgia?
ResponderExcluirO Fibromiálgico pode requerer administrativa ou judicialmente os benefícios do auxílio-doença enquanto estiver incapacitado, temporariamente, de realizar suas atividades e pode pedir a aposentadoria por invalidez caso seja constatada sua incapacidade permanente e impossibilidade de restabelecimento.
Como o fibromiálgico empregado e segurado da Previdência Social deve proceder?
Primeiramente o portador da doença deve explicar e demonstrar as dificuldades e efeitos da fibromialgia ao seu superior hierárquico. Logo após, o fibromiálgico pode pedir a licença do trabalho para o devido tratamento físico e/ou emocional.
No período de afastamento do ambiente laboral, os primeiros 15 (quinze) dias de salário deverão ser pagos pela empresa e o restante pago pela Previdência Social até que o fibromiálgico seja restabelecido e se mostre capacitado para o exercício do trabalho. É o chamado auxílio-doença.
O restabelecimento não pode ser compreendido como cura, já que não há notícia de cura para a enfermidade, porém, pode significar aceitação do medicamento, diminuição das dores e maior disposição física e psíquica.
Lembre-se: para receber o auxílio-doença, o fibromiálgico será submetido a exames realizados pela perícia médica da Previdência Social, que atestará ou não a incapacidade de realizar as funções do trabalho.
A mesma perícia que atesta a incapacidade, também pode concluir pelo retorno à atividade em razão da recuperação da capacidade do portador da síndrome.
Qualquer segurado da Previdência Social pode pedir o auxílio-doença?
Não. O segurado deve ter no mínimo 12 (doze) contribuições à Previdência Social e não pode pedir o benefício alegando a existência de doença que já era portador antes de ser filiado ao órgão, salvo quando a incapacidade decorreu de progressão ou agravamento da doença ou lesão que já tinha quando se filiou, nesse último caso, muitos casos de fibromialgia podem ser enquadrados.
Quem pode pedir o auxílio-doença?
O benefício pode ser pedido pelo empregado ou empregador. Após o requerimento, o segurado fibromiálgico terá que comparecer a uma agência do INSS para realização do exame pericial.