Bem Estar – Por Claudio Lottenberg e
Rubens Belfort Mattos Junior.
Miopia, astigmatismo, hipermetropia... Os nomes
podem parecer complicados, mas, se você tiver qualquer um deles, a solução
inicial é a mesma: óculos. Apesar disso, cada um tem uma causa diferente e, por
isso, exige lentes distintas.
Para compreender o que causa a perda de foco nos olhos, é preciso
entender primeiro como eles funcionam. O infográfico abaixo ilustra o órgão e
explica a função de cada uma de suas partes
Quando o cristalino não projeta a
imagem exatamente na retina, surgem os problemas de visão mais conhecidos. Na
miopia, a imagem é projetada antes da retina. Por isso, o olho é capaz de
enxergar com precisão objetos que estão próximos, mas não os que estão
distantes. A hipermetropia é o contrário: a imagem se forma depois da retina e
a pessoa não consegue ver bem o que está muito perto.
No astigmatismo, a córnea tem
curvaturas ou irregularidades. A imagem é formada em planos diferentes, o que
distorce a visão. Para os três problemas, as soluções são óculos, lentes de
contato e cirurgia – o Sistema Único de Saúde (SUS) não realiza essa operação.
Envelhecimento
A presbiopia, conhecida popularmente como vista cansada, já que se manifesta
depois dos 40 anos, é uma alteração nos músculos que ajudam a moldar o
cristalino. O processo cria dificuldades para enxergar tanto de perto quanto de
longe. Óculos e lentes de contato podem resolver a situação.
Outra consequência do envelhecimento
é bem mais grave e pode levar à cegueira: a catarata. Nesses pacientes, o
cristalino se torna opaco e menos luz chega até a retina. O problema evolui aos
poucos e pode ser revertido com uma cirurgia – nesse caso, o SUS cobre o
procedimento.
Crianças
É importante ficar atento às crianças, pois o tratamento precisa começar o mais
cedo possível, principalmente quem for diagnosticado com hipermetropia. Se o
problema não for corrigido logo, pode evoluir. Nunca é cedo demais para levar o
filho ao médico, e o exame é a forma mais eficiente de identificação. Fora
isso, o comportamento dos pequenos também dá sinais de visão ruim: há
dificuldades de concentração, por exemplo.
Outra dica que os oftalmologistas
deram durante o programa foi em relação à higiene. É importante lavar os olhos,
principalmente as pálpebras, para evitar doenças como a conjuntivite. Para
isso, não há produto melhor que a água potável – não é preciso usar água
boricada, que é mais cara e difícil de encontrar. Água em excesso não faz mal,
já que uma única gota satura o olho e ele expulsa o resto.