IMPORTANTE: Somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis possuem apenas caráter informativo.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
A epilepsia do ponto de vista ocidental é uma condição que tem em comum a presença de crises epilépticas ou convulsivas recorrentes na ausëncia de condição tóxico-metabólica ou febril. A crise epiléptica é causada por descargas elétricas cerebrais anormais excessivas e transitórias da células nervosas. O sintoma da crise depende da área cerebral envolvida. A crise tem inicio súbito e cessa espontaneamente ou quando muito prolongada com uso de medicação.
A epilepsia é chamada pela MTC de DIAN XIAN, que significa: "vento interno". Vento simboliza perturbação, e refere-se grosseiramente ao desequilíbrio do elemento madeira. Existem os ventos internos, que podem ter origem no nascimento ou serem adquiridos ao longo da vida através de algum traumatismo ou tumor. Existem também os chamados ventos externos, que hoje são relacionados pelas técnicas ocidentais a vírus, bactérias e outros microorganismos presentes no ar.
Apesar de não possuir ainda uma evidência clínica consistente publicada na literatura médica especializada, acredita-se que a abordagem integrativa usando os conceitos tradicionais chineses pode contribuir no bem estar e melhora da qualidade de vida das pessoas com epilepsia.
Meu estudo iniciou-se com a anamnese detalhada dos pacientes para realização do diagnóstico energético e foram incluídos três pacientes com idades entre 10 meses e 11 anos, com diagnóstico ocidental de epilepsia refratária, todos utilizando mais de duas medicações ao dia e sem controle efetivo das crises epilépticas.
Os pacientes foram submetidos a oito sessões de acupuntura, sequenciais, semanais e não houve faltas ou desistências durante o estudo.
todos os pacientes experimentaram melhora significativa (20 a80% de redução) das suas crises epilépticas.
Obviatmente essa amostra é pequena para afirmar o emprego da técnica nesta condição, porém abre um precedente para novos estudos, com número maior de pacientes.
Conclui-se que a acupuntura pode ser um recurso no tratamento de quadros neurológicos, incluindo a epilepsia e, que mais estudos padronizados são necessários para demonstrar sua eficácia.
por Dra Alessandra Freitas – Médica.
O tratamento farmacológico
A base do tratamento da epilepsia é anticonvulsivantes. Muitas vezes, o tratamento medicamentoso anticonvulsivante será ao longo da vida e pode ter efeitos importantes na qualidade de vida. A escolha entre os anticonvulsivantes e sua eficácia varia de síndrome epiléptica. Mecanismos de efeitos, eficácia para síndromes epilépticas em particular, e lado, é claro, diferenças entre os medicamentos anticonvulsivantes individual. Algumas conclusões gerais sobre o uso de anticonvulsivantes são descritos abaixo.
A estimulação elétrica - métodos de tratamento anticonvulsivante com ambos, investigacionais e aprovados usa atualmente. Um dispositivo aprovado atualmente é a estimulação do nervo vago''(''VNS). dispositivos de investigação incluem a resposta do sistema de neuroestimulação''''e''''estimulação profunda do cérebro.
Estimulação do nervo vago (VNS) - A VNS (EUA fabricante = Cyberonics) consiste de um dispositivo elétrico informatizados semelhantes em tamanho, forma e localização do implante de um marcapasso cardíaco, que se conecta ao nervo vago do pescoço. O dispositivo estimula o nervo vago em intervalos pré-definidos e intensidades de corrente. A eficácia foi testada em pacientes com epilepsia localização-relacionada demonstrando que 50% dos pacientes apresentam uma melhora de 50% na taxa de apreensão. Série de casos têm demonstrado eficácias semelhantes em determinadas epilepsias generalizadas como síndrome de Lennox-Gastaut. Embora as taxas de sucesso não são normalmente igual ao da cirurgia de epilepsia, é uma alternativa razoável quando o paciente está relutante em prosseguir com eventual monitorização invasiva, quando a avaliação pré-cirúrgica adequada falha para descobrir a localização de focos epilépticos, ou quando há vários epilépticos focos.
A estimulação cerebral profunda (DBS) (fabricante dos EUA Medtronic) é constituído por dispositivo elétrico informatizado implantado no peito de uma forma semelhante ao VNS, mas a estimulação elétrica é fornecida às estruturas profundas do cérebro através de eletrodos de profundidade implantado através do crânio. Na epilepsia, o alvo do eletrodo é o núcleo anterior do tálamo. A eficácia do DBS no tratamento de epilepsia localização-relacionada está atualmente sob investigação.
Sistemas de alerta - Um cão de resposta apreensão é uma forma de cão-guia, que é treinado para pedir ajuda ou garantir a segurança pessoal quando uma convulsão. Estes não são apropriados para todos e não todos os cães podem ser treinados assim. Raramente, um cão pode desenvolver a capacidade de perceber um ataque antes que ela ocorra. Desenvolvimento de formulários eletrônicos de sistemas de detecção de apreensão estão atualmente sob investigação.
Medicina alternativa ou complementar - Um número de revisões sistemáticas da Colaboração Cochrane em tratamentos para a epilepsia olhou para a acupuntura, as intervenções psicológicas, vitaminas e ioga, e percebi que não há evidências confiáveis de apoio ao uso destes como tratamentos para a epilepsia.
Epilepsias curáveis na infância
Na infância existem muitos formas de epilepsia capazes de serem curadas às vezes até com facilidade. Citamos como exemplo as epilepsias benignas da infância. Entre estas está a epilepsia parcial benigna da infância com espícula centro-temporal ou rolândica e a epilepsia benigna da infância com paroxismos occipitais.
Apesar dos nomes não há motivo para se assustar, aliás, epilepsia não deveria assustar ninguém. Na primeira, a criança geralmente em torno dos 9 a 10 anos de idade pode apresentar espasmos ou contrações numa metade da face e se acontecer à noite, pode se tornar generalizada. O Eletrencefalograma (EEG) mostra uma alteração que pode impressionar o medico assistente sem experiência. Mas a regra é que ocorrem em crianças saudáveis sem evidencia de lesão cerebral.
As crises podem desaparecer com o uso de antiepilépticos ou até curar sem eles. Portanto, o prognostico é excelente.Na segunda, a epilepsia benigna da infância com paroxismos occipitais, as crises são caracterizadas por sintomas visuais do tipo perda parcial ou completa da visão ou outros distúrbios visuais como aqueles que precedem a enxaqueca, seguidos de cefaléia, ocorrendo na criança em torno dos 7 a 8 anos de idade. O EEG também como o anterior pode assustar, mas nada mais que isso.
Podemos citar mais dois tipos benignos: epilepsia mioclônica benigna, uma forma rara, que ocorre em crianças com um ou dois anos de idade e a ausência. Esta é mais conhecida do publico leigo. A crise consiste, como o nome já diz, numa ausência ou desligamento ou “numa parada”, durante alguns breves minutos.As crianças geralmente em idade escolar, entre 6, 7 anos (não existe ausência antes dos 3 anos de idade), ficam como se “estivessem no mundo da lua”, param o que estavam fazendo, seja escrevendo, alimentando-se, falando, etc. As crises tendem a desaparecer às vezes espontaneamente com ou sem tratamento.
A cura através da cirurgia
Tem muita gente tomando medicamento antiepiléptico (impropriamente chamado anticonvulsivante) desnecessariamente, porque não sofrem de epilepsia e sim de um tipo de sincope por exemplo, ou o contrario, sofre de epilepsia há muitos e muitos anos já tomou diferentes remédios, mas continua a ter crises e já deveria ter sido encaminhada para uma cirurgia.
A epilepsia como já dissemos, tem cura desde que seja diagnosticada corretamente, seja tratada em tempo, com a medicação apropriada e se esta não der resultado, deverá ser avaliada a possibilidade de cirurgia. É bom que todos saibam disso: a cirurgia da epilepsia é uma realidade e esta minorando o sofrimento de muita gente por ai afora. Mas tem uma ressalva: não são todos os pacientes. Cada caso é um caso e tem que ser analisado individualmente.
Dr. Marco Aurelio Smith Filgueiras é neurologista - Estado da Paraíba.
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