Troca de válvula aórtica , Troca de Válvula Mitral , Comissurotomia Mitral
CIRURGIA DAS VÁLVULAS CADÍACASTroca de válvula aórtica , Troca de Válvula Mitral , Comissurotomia Mitral
Troca de Válvula Mitral
A troca de válvula mitral é uma cirurgia cardíaca que tem por objetivo a correção de uma estenose da válvula (fechamento ou redução do orifício da válvula) ou de uma insuficiência (regurgitação do fluxo). A válvula mitral situada entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo tem a função de impedir o refluxo de sangue oxigenado vindo do pulmão. Uma vez a válvula aberta, o sangue flui do átrio para dentro do ventrículo esquerdo. Seu fechamento coincide com a contração do ventrículo, direcionando assim a saída do sangue para a aorta e portanto para todo nosso organismo. A válvula mitral é formada por dois folhetos (anterior e posterior).
A cirurgia está indicada quando não há abertura ou fechamento eficientes para manter o fluxo de sangue. A estenose mitral não deixa o ventrículo esquerdo se encher o suficiente causando um obstáculo que gera aumento de pressão transmitida aos pulmões. Isso causa dificuldades em aumentar o fluxo para o organismo durante uma atividade física causando cansaço fácil e sensação de tonturas. Na insuficiência mitral, um ou ambos os folhetos podem não se fechar completamente por diversas causas levando a um refluxo, fazendo com que o coração tenha que aumentar sua força de contração para suprir a mesma quantidade de sangue. O coração consegue compensar essa sobrecarga por meses ou anos, porém vai atingindo um desgaste e uma falência. Isso se reflete em cansaço fácil e progressivo.
Prótese mitral Biológica
O que causa os problemas da válvula mitral?
Raramente os problemas da válvula mitral tem origem um defeito genético. Muitas vezes há um processo degenerativo pela idade ou não, causando alterações da mecânica de funcionamento da válvula. A febre reumática pode causar os maiores danos na válvula causando tanto estenose como insuficência. Nesse caso, os danos são causados pela Infecção dos folhetos, chamado de Endocardite Bacteriana. Uma outra causa que pode causar danos aos mecanismos de abertura e fechamento das válvulas, é a Isquemia Miocárdica.
Quais são as opções de correção cirúrgica?
Em muitas situações a válvula pode ser corrigida através de uma plastia, porém em certos casos seu reparo torna-se difícil exigindo sua troca por uma válvula artificial. Há dois tipos de válvulas artificiais: as válvulas mecânicas compostas principalmente por metal e as válvulas biológicas derivadas de tecidos animais. Cada uma tem suas vantagens e desvantagens, assim como durabilidade e riscos de formarem trombos. A escolha do tipo de válvula é uma decisão conjunta do cirurgião e do paciente levando em consideração os seguintes tópicos:
A Idade
Outras medicações em uso
A preferência do paciente no uso de medicações e os riscos de uma reoperação
O estilo de vida
A correção da válvula mitral sem sua troca ( Plastia ou Comissurotomia Mitral )
Em certos casos é possível ser feita a correção do problema através de uma cirurgia plástica da válvula chamada de plastia.
Evidências recentes sugerem a intervenção precoce evitando danos ao músculo do coração porém isso continua sendo uma decisão difícil e questionável. É importante lembrar que o cirurgião tem condições de estimar as chances de sucesso porém não garanti-las completamente. Dependendo das anormalidades, há 85 a 90 % de chances de não haver a necessidade de outra correção dentro de 10 anos. Quando mais complexas foram as correcções, o tempo de uma nova intervenção é reduzido. As válvulas que foram atingidas por causas degenerativas se enquadram melhor nesse tipo de procedimento cirúrgico daquelas válvulas atingidas por complicações da febre reumática. É mais difícil prever resultados quando há correção de válvula associada com doença coronária obstrutiva (obstruções dos vasos coronários por placas de ateroma).
As válvulas mecânicas
Há uma grande variedade de excelentes próteses metálicas com as mesmas performances. A sua principal vantagem está em sua maior durabilidade. Em geral elas são mantidas para sempre. A sua principal desvantagem é sua tendência em
formar trombos ou pequenos coágulos e se isso acontecer, sua função é comprometida exigindo sua troca. Por esse motivo, esses pacientes precisam usar anticoagulantes para sempre. Mesmo assim, sempre há um risco reduzido e definido de acontecer um derrame cerebral.
As válvulas biológicas
Há também uma grande variedade de próteses biológicas. A maioria são feitas das válvulas aórticas dos porcos. Sua principal vantagem é o baixo risco de formarem trombos causando disfunções na prótese ou derrames cerebrais. Sua principal desvantagem está sua durabilidade inferior quando comparadas com as próteses metálicas. A mesma prótesebiológica pode durar poucos anos num paciente jovem, dez anos num paciente de meia idade e mais tempo em paciente acima de 70 anos. É consenso que esse tipo de prótese dificilmente será substituída em pacientes acima de 70 anos.
Comentários finais
Os riscos da cirurgia são definidos individualmente considerando a idade do paciente, as condições gerais de sáude, situações médicas específicas e principalmente o grau de comprometimento da função do coração. A recuperação é feita progressivamente, com alta prevista do hospital em 10 dias. O uso de anticoagulante é feito no mínimo de 6 semanas a três meses em pacientes que receberam próteses biológicas e o resto da vida para os pacientes que receberam próteses metálicas. Após a recuperação, raras ou quase nenhuma restrição às suas atividades físicas habituais são feitas. É indicada a profilaxia com antibióticos como uma medida preventiva contra infecções em tratamentos dentários ou potencialmente com riscos de infecção.
Troca de válvula aórtica
A troca de válvula aórtica é uma cirurgia cardíaca que visa a correção de uma estenose (obstrução) ou de uma insuficiência ( regurgitação) do fluxo de sangue através da troca da válvula natural doentia por uma válvula artificial metálica ou biológica. A válvula aórtica situa-se entre o ventrículo esquerdo do coração e a raiz da aorta. Durante sua abertura, o sangue bombeado pelo ventrículo atravessa a válvula em direção a aorta e os vasos periféricos. Durante seu fechamento, ela impede o refluxo desse sangue de volta para o ventrículo esquerdo. A alteração nesse funcionamento causa transtornos no suprimento de sangue ao nosso organismo.
Quais são as causas do mal funcionamento da válvula aórtica?
O mal funcionamento pode acontecer por diversas causas. Pode ser um problema congênito (de nascimento) ou um desgaste com a idade. Das causas congênitas, a mais frequente é a válvula aórtica bicúspide. A válvula aórtica normal tem três folhetos enquanto a bicúspide tem apenas duas. De 1 a 2 % da população apresenta válvula bicúspide porém não necessariamente com indicação de tratamento. Não há nenhuma recomendação especial a ser feita apenas sugerir uma prevenção com antibióticos quando for realizado tratamento dentário ou qualquer procedimento potencialmente infectado. A causa mais comum nas doenças da válvula aórtica requerendo correção cirúrgica é a degeneração senil calcificada. Com a idade, há um depósito de cálcio nessa válvula, de origem não esclarecida e que acaba causando os transtornos no mecanismo de abertura e fechamento dela. Outra causa na disfunção da válvula é adilatação da raiz da aorta causando a insuficiência da válvula.
Quais são os sintomas que surgem com a disfunção da válvula aórtica?
O cansaço fácil, a falta de ar, a dor no peito, as tonturas e a perda da consciência são os sintomas referidos progressivamente com a evolução da disfunção da válvula aórtica. Com a insuficiência da válvula, o refluxo de sangue para o ventrículo esquerdo obriga o coração a se desempenhar mais para bombear o sangue. Isso pode levá-lo à falência, se manifestando através de cansaço físico progressivo. Quando há obstrução, o coração reage também aumentando sua força de contratilidade para vencer a resistência consumido sua energia até a exaustão. Dores no peito, tonturas às mínimas atividades físicas e perdas de consciência representam sintomas e sinais severos da obstrução ( estenose aórtica). A decisão de interferência cirúrgica é feita pelos médicos, baseada em exames de ecocardiografia e cateterismo cardíaco. Em geral, o ecocardiograma mostra dilatação importante do coração e pode ajudar na definição do grau de estenose (obstrução) ou da insuficiência ( refluxo). O cateterismo cardíaco oferece informações similares acrescidas das medidas das pressões dentro do coração e na aorta e a situação das artérias coronárias.
Quais as opções existentes na troca da válvula aórtica?
A válvula aórtica ao contrário da válvula mitral, tem menos chances de plastias. Uma vez indicada a troca, há duas possibilidades na escolha da válvula artificial: uma prótese metálica ou uma prótese biológica. Os cirurgiões tem suas preferências ligadas a fatores técnicos. Há uma grande variedade de excelentes próteses metálicas com as mesmas performances. A sua principal vantagem está em sua maior durabilidade. Em geral elas são mantidas para sempre. A sua principal desvantagem é sua tendência em formar trombos ou pequenos coágulos e se isso acontecer, sua função é comprometida exigindo sua troca. Por esse motivo, esses pacientes precisam usar anticoagulantes para sempre. Mesmo assim, sempre há um risco reduzido e definido de acontecer um derrame cerebral. As válvulas biológicas também tem uma grande variedade. A maioria são feitas das válvulas aórticas dos porcos ou retiradas de cadáveres humanos. É possível também remover a válvula da arteria pulmonar do lado direito do coração para o lado esquerdo. Sua principal vantagem é o
baixo risco de formarem trombos causando disfunções na prótese ou derrames cerebrais. Sua principal desvantagem está sua durabilidade inferior quando comparadas com as próteses metálicas. A escolha do tipo de válvula é uma decisão conjunta do cirurgião e do paciente levando em consideração os seguintes tópicos:
A Idade
Outras medicações em uso
A preferência do paciente no uso de medicações e os riscos de uma reoperação
O estilo de vida
Comentários finais
Os riscos da cirurgia são definidos individualmente considerando a idade do paciente, as condições gerais de sáude, situações médicas específicas e principalmente o grau de comprometimento da função do coração. A recuperação é feita progressivamente, com alta prevista do hospital em 10 dias. O uso de anticoagulante é feito no mínimo de 6 semanas a três meses em pacientes que receberam próteses biológicas e o resto da vida para os pacientes que receberam próteses metálicas. Após a recuperação, raras ou quase nenhuma restrição às suas atividades físicas habituais são feitas. É indicada a profilaxia com antibióticos como uma medida preventiva contra infecções em tratamentos dentários ou potencialmente com riscos de infecção.
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