Não há cura para o NASCER e o MORRER, a não ser SABOREAR o intervalo”.


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sábado, 13 de novembro de 2010

O que faz feliz um idoso?

A situação das pessoas mais velhas.
“A minha mãe – dizia-me há uns tempos um bom pai de família – é muito absorvente. Sinto que desde que a trouxemos para nossa casa começamos a ter um monte de problemas novos. Tem setenta e oito anos e está bastante doente. E a doença afeta-lhe um bocado a cabeça, e está muito absorvente, como te disse, para não dizer que às vezes está – peço desculpa – insuportável.
Ela gostaria que estivéssemos o dia todo sentados ao seu lado e controla até a nossa hora de chegada ao fim da tarde. Opina sobre tudo, e a verdade é que às vezes perco a paciência. Já pensei que seria melhor se estivesse num lar e assim acabar-se-iam os meus problemas. Mas logo depois me envergonho ao lembrar-me do quanto ela suportou antes e depois de eu nascer. E penso que não posso fazer menos do que corresponder agora ao recebê-la em casa.”
Esta é uma situação comum em muitas casas. São circunstâncias que por vezes se tornam difíceis, mas que têm que ser assumida serenamente, como uma tarefa, difícil e ao mesmo tempo maravilhosa, de fazer felizes os nossos pais nos poucos anos que lhes restam de vida.
Às vezes, por causa da sua idade e da sua doença, já quase não podem evitar ser como são.
Querem atenção, cuidado e carinho. E às vezes atuam com um egoísmo invasor que temos que saber aceitar, com uma maneira de ser que pode ser bastante cansativa, e logo nos vêm à cabeça pensamentos que de imediato vemos que são errados.
O ciclo da vida
Há que pensar que quando nós tínhamos seis meses, ou quatro anos, também seríamos muitas vezes difíceis de aturar, desagradáveis ou caprichosos. E de certeza que mais do que uma vez a nossa mãe perdeu a paciência ao ponto de lhe apetecer atirar-nos pela janela. Mas, naturalmente, não o fez, e aqui estamos.
Pense que há uns anos os teus pais tomaram conta de ti. Agora inverteram-se os papéis e tens tu que tomar conta deles. E não te esqueças de que, dentro de alguns anos, não muitos, os papéis se tornarão a inverter e será de ti que terão que tomar conta. Pensa que ao tomares conta dos teus pais, ou sogros, além de cumprir um dever de justiça e de carinho, estás a dar um grande exemplo aos teus filhos. Vai-te preparando para esse momento e atua agora como queres que aconteça contigo no futuro.
Recebe-se o que se deu
Soube que, nos dias de princípio de férias ou de fins-de-semana mais compridos, dá entrada nos hospitais uma quantidade enorme de pessoas de idade avançada. E isso não porque nesses dias os avós tenham alguma doença especial, mas porque muitas famílias querem desfazer-se dos seus pais idosos e assim passar as férias mais descansados. Pergunto-me se haverá realmente paz e alegria nessas famílias durante esses dias de descanso, depois de abandonar assim quem lhes deu a vida.
Nessas famílias em que os irmãos não se entendem, em que ninguém tem disponibilidade para atender materialmente às necessidades dos pais idosos, em que – no melhor dos casos – os suportam uns poucos dias em cada casa e com cara de chateados; nessas famílias, é de esperar que dentro de vinte ou trinta anos tenham dos seus filhos um tratamento parecido nos seus últimos anos de vida.
Por outro lado, conheci, felizmente, outras famílias que consideraram um orgulho fazer felizes os seus pais já idosos, e que fizeram grandes malabarismos para acolhê-los bem. Isso levou-os a ter que renunciar a muitas saídas e muita aparente felicidade, mas são famílias felizes e pode-se prever uma velhice feliz, porque os seus filhos terão visto, como numa aula prática, como se trata dos próprios pais quando ficam velhos.
Alfonso Aguilló

Mente sã, corpo são
A mente também deve ser sempre "exercitada" pois assim evita-se a perda de neurônios e consequentemente de memória. Segundo os especialistas, a leitura é a atividade mais estimulante, pois evoca os mais variados tipos de memória ao mesmo tempo (a verbal e a visual). Outras atividades como jogos, palavras cruzadas, aprendizagem contínua (idiomas, música, artesanato, etc.) ou uma simples mudança de rotina (viajar, conhecer pessoas novas ou só mudar o trajeto ao andar pela rua) tira a mente do automático. Se a visão já não está lá essas coisas, só o fato de ouvir ou contar histórias auxilia na preservação da memória e do raciocínio. Como foi o caso do escritor argentino Jorge Luis Borges que, cego ao final de sua vida, continuou sendo um leitor/ouvidor voraz através das leituras que sua secretária lhe fazia.
A perda da memória é a aproximação da morte, já refletiam os pensadores e filósofos. Por isso ela é tão importante para todos nós. A memória acaba sendo o elo entre o passado e o presente, servindo de base para o que construímos para o futuro. Os maiores guardiães da memória são aqueles que vivenciaram presencialmente o passado, ou seja, os mais velhos. Há um livro interessante, que já é um clássico da história e da psicologia social, sobre a relação entre a memória e os idosos chamado Memória e sociedade: lembrança de velhos, escrito pela professora da USP Ecléa Bosi, originalmente para a sua tese de livre-docência em Psicologia Social. Nesse trabalho, Ecléa transcreve depoimentos de oito pessoas (homens e mulheres) com mais de 70 anos e que tiveram a cidade de São Paulo (SP) como espaço em comum. Através das memórias pessoais de cada um deles, a autora fez emergir fatos e impressões que compõem a memória social de seu tempo; tudo em um tom que acaba nos tocando profundamente. Podemos pinçar uma fala de um dos idosos do livro, o Sr. Ariosto: "Veja, hoje a minha voz está mais forte que ontem, já não me canso a todo instante. Parece que estou rejuvenecendo enquanto recordo".
Recordar, então, é rejuvenecer e viver. Ainda que o mundo de hoje tenha se desacostumado a dar a devida importância aos idosos e sua função de preservadores e disseminadores da memória (com raras exceções), há aqueles que sobrevivem às tecnologias e as usam ao seu favor.

Vovós blogueiras
Em 2006, quando completou 95 anos, a espanhola María Amélia López Soliño acabou ganhando um presente inusitado de seu neto: um blog. Desde então, segundo suas próprias palavras, "sua vida mudou". Ajudada pelo seu neto, ela falava sobre assuntos cotidianos, contava histórias de sua vida, refletia sobre a velhice, emitia opiniões sobre política e encorajava outros idosos a abraçarem a internet. Em pouquíssimo tempo, seu blog A Mis 95 Años recebeu mais de 1,5 milhões de visitas, ganhou fãs de todo o mundo e muita notoriedade. Foi considerada a blogueira mais velha do mundo. Porém, em 20 de maio de 2009, María se foi, e seu blog (ainda muito visitado por fãs que a homenageiam) teve o último post escrito por sua família:
"O blog se acaba aqui, mas continuará em outro formato lá onde ela está. Será um formato diferente, que ainda não podemos ler. Mas claro que todos, mais cedo ou mais tarde, acabaremos lendo".
Outra vovó blogueira foi a australiana Olive Riley que começou a "blogar" em 2007, com 107 anos (superando María em idade), no asilo em que morava. Falava sobre a vida moderna e sobre as experiências vividas durante o século XX. Adorava conversar com pessoas de todo o mundo e fazer vídeos. O último post falava sobre uma alegre cantoria no asilo, envolvendo as enfermeiras e a filha de uma de suas amigas.
Se você pesquisar por "Olive Riley" no Youtube, vai encontrar vários vídeos com ela. Um deles é este e exibe trechos do documentario 'All About Olive', do diretor Mike Rubbo:

2 comentários:

  1. Como conviver com o idoso

    Ivone Boechat (autora)

    1- Nunca pergunte a um idoso: qual é o segredo de viver tanto assim? Porque a pessoa não vai lhe convencer ou vai dizer que não sabe a resposta. Quem vai adivinhar como se vive anos e anos, com tanta virose, corrupção, mentira, tapeação, bala perdida, exploração... ruindade!
    2- Nunca telefone ou visite um idoso entre 12:00h e 16:00h. TODO idoso gosta de descansar nesse período sagrado.
    3- Jamais conte um problema ao idoso. Ele vai poder ajudar? Também não seja o problema do idoso: é covardia. Ele não vai ter como se defender.
    4- Nunca interfira na decisão do idoso: se ele decidiu ser enterrado ou cremado. Não fique reclamando do preço da cremação, do túmulo..Nem fique agourando e perguntando o que a família deve escrever por cima do túmulo.
    5- Nunca diga ao idoso: essa história você já me contou dez vezes. Diga a ele que a história é interessante e o ajude a resumi-la. Ele vai entender que a história é conhecida!
    6- Não estimule o idoso a se lembrar de um fato que lhe cause sofrimento. Desvie sempre a tristeza para o lado bom de tudo.
    7- Não explore a disponibilidade do idoso, lembre-se que ele já trabalhou muito e hoje não tem mais resistência, saúde e vigor para tomar conta de problemas e cachorros... dos outros. Deixe em paz o cartão bancário com o pagamento da minguadíssima aposentadoria. Vai à luta!
    8- Mude o canal da TV quando o assunto é desgraça!
    9- Ao visitar o idoso, leve algo que lhe faça bem à saúde: boa conversa, estímulos, boas notícias... palavras cruzadas, linha para crochê... uma fruta que ele possa consumir... um livro. Nas festas de aniversário e Natal, seja criativo! Chega de tanto pijama e chinelo.
    10- Lembre-se: a pessoa idosa tem todo direito à felicidade e não vai ser você que vai atormentar os derradeiros dias da vida de ninguém. Exercite a gratidão, o perdão, a solidariedade e chega de despejar lixos de traumas, tristezas antigas e carências na caçamba que a vida cismou de colocar na porta de quem lutou tanto para resistir às intempéries.

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esterfeliz12@yahoo.com.br

ANTENÇÃO!!!

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Como desenvolver a autoestima, ganhar confiança e viver com mais entusiasmo.

Paixão, entusiasmo, alegria, esperança e tantas outras emoções positivas são o combustível para uma vida plena de EROS, essa energia magnífica que pode destruir, mas que principalmente pode ampliar.

Mais do que nunca se sabe que as doenças físicas e mentais estão profundamente associadas a fatores biológicos e psicossociais. Portanto, é importante aprender, ou melhor, reaprender a se conectar com o novo, como uma maneira de se atualizar sempre no seu desejo e na maneira de sentir e absorver o mundo que nos cerca.

Posso destacar aqui uma maneira muito simples e quase óbvia, mas que raramente usamos em nosso proveito que são nossos órgãos dos sentidos, pois é através dos órgãos sensoriais que as mensagens de prazer entram em nossa vida,estimulando o desejo.

Por que falar de desejo quando eu quero falar de autoestima, felicidade, estar de bem consigo mesmo ou mesma? Por que reconhecer o seu próprio desejo e satisfazê-lo é o alimento que a alma precisa para dar estrutura ao Ego para suportar os reveses da vida sem ser derrubada por eles.

Usar a visão para olhar o que é belo,ouvir uma música com o coração e a memória, saborear a vida e o bolo de chocolate sem culpas, acariciar e abraçar para se arrepiar; e dessa maneira abrir seus próprios canais de conexão com o mundo e com seus próprios desejos.

É necessário assumir seus prazeres e necessidades, entendendo e aceitando a diversidade em todos os sentidos, com respeito pela própria natureza e pela dos outros. Ser inteiro e a cada dia se reconhecer e se validar, hoje o gozo, amanhã choro, acerto e erro, tendo coragem e medo.

Luz e sombra fazem o todo e aceitar-se assim e se permitir sentir e viver todos os seus desejos e se encontrar com seu próprio EU, aquele que a gente muitas vezes esconde da gente mesma por conta das obrigações e responsabilidades.

Fazer a cada dia um novo dia, em anseios e respostas, abdicando das fórmulas prontas que muitas das vezes está calcada não nos desejos e experiências, atuais, mas sim em dificuldades e medos ultrapassados e sem sentido no hoje, no aqui e agora.



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Campanha Nacional de Doação de Órgãos. Participe e Divulgue. Para ser doador de órgãos, fale com sua família e deixe clara a sua vontade, não é preciso deixar nenhum Documento. Acesse www.doevida.com.br, saiba mais. Divulgação: comunicacao@saude.gov.br At.Ministério da saúde. Siga-nos: www.twitter.com/minsaude

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Os Imprescindíveis.

Há homens que lutam por um dia e são bons.

Há outros que lutam por um ano e são melhores.
Há outros, ainda, que lutam por muitos anos e são muito bons.
Há, porém, os que lutam por toda a vida,
Estes são os imprescindíveis.

Bertolt Brecht.