Existem indicações bem precisas para o uso de instrumental (parafusos, pinos, hastes, gaiola ou cage, cross-link, placas, próteses) como nos traumas, nas cirurgias de tumores vertebrais, nas espondilolisteses sintomáticas e refratárias ao tratamento clínico e na doença degenerativa quando há instabilidade.
Os instrumentais estão se tornando cada vez mais modernos e a sua utilização mais segura, no entanto existem ainda complicações decorrentes do seu uso, como: falha do sistema, da instalação do sistema, lesão de estruturas neurológicas (raízes, nervos, medula), maior taxa de infecção, maior tempo de internação no pós-operatório, desgaste mais acelerado dos segmentos adjacentes da coluna que não foram fixados e mais dor no pós-operatório. Mesmo quando bem aplicado, o uso isolado destes materiais não resolve o problema sozinho, o paciente deve seguir rigorosamente as orientações pós-operatórias e adotar um programa de reabilitação da coluna.
Na vigência de um quadro doloroso da coluna em que não há lesão neurológica associada, existem outras alternativas para a cirurgia tradicional ou com instrumentação. Nesses casos podem ser utilizados os bloqueios anestésicos ou infiltrações, rizotomias por radiofreqüência e cirurgia minimamente invasiva.
Existem também alguns problemas em se adiar uma cirurgia definitiva como por exemplo o aparecimento de dor neuropática ou a piora clínica de um paciente que já tenha idade avançada ou alguma doença associada. Portanto, cabe ao neurocirurgião, definir qual a melhor opção terapêutica para o caso em questão com o consentimento informado do paciente. No entanto, é importante lembrar que nenhum procedimento ou cirurgia para problemas degenerativos da coluna é curativo, a doença chamada de artrose da coluna ou espondilose é uma conjunção de fatores genéticos e ambientais associados, que aparecem ao decorrer da idade; e os procedimentos visam somente o alivio sintomático do paciente, portanto, o processo degenerativo continuará de qualquer maneira e novos problemas poderão acontecer
Para o êxito do tratamento, cabe ao médico orientar as medidas preventivas para desacelerar o processo de desgaste da coluna, e ao paciente adotá-las de maneira correta e assídua.
O tratamento das dores nas costas segue basicamente três etapas.
O trabalho de conscientização faz com que as pessoas entendam a importância de não se contentar só em fazer a dor parar num momento de crise. “Muitos pacientes tomam um remédio e, ao melhorar, não voltam para fazer o tratamento, que em alguns casos requer o acompanhamento de equipes especializadas em coluna e reabilitação”, alerta Silvia.
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