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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Fibromialgia apos trauma emocional

O QUE CAUSA OU DESENCADEIA A FIBROMIALGIA.
Diferentes fatores, isolados ou combinados, podem desencadear a fibromialgia. Alguns tipos de estresses como doenças, traumas emocionais ou físicos, mudanças hormonais, etc podem gerar dores ou fadiga generalizadas que não melhoram com o descanso e que caracterizam a fibromialgia. Trauma físico ou emocional podem desencadear a fibromialgia. Exemplificando: uma infecção, um episódio de gripe, ou um acidente de carro, podem estimular o aparecimento dessa síndrome. Pessoas com fibromialgia podem ficar inativas ou ansiosas sobre sua saúde, agravando essa condição. Pesquisas têm também procurado o papel certos hormônios ou produtos químicos orgânicos que possam influenciar na manifestação da dor, no sono e no humor. Eventualmente, essas pesquisas podem resultar em um lehor entendimento sobre a fibromialgia assim como em um tratamento mais efetivo e até mesmo na prevenção.
COMO SE TRATA A FIBROMIALGIA?
As opções terapêuticas para a fibromialgia incluem:
- Medicações para diminuir a dor e melhorar o sono
- Programas de exercícios para fortalecer a musculatura e melhorar a aptidão cardiovascular
- Técnicas de relaxamento e outras medidas para diminuir a tensão muscular
- Programas educativos para ajudar você a entender e manejar a fibromialgia.
Seu médico pode estabelecer um plano para atender sua necessidade individual. Algumas pessoas com fibromialgia podem ter sintomas discretos e precisar de um tratamento menos demorado. Isso acontece principalmente quando elas entendem melhor essa condição e identificam os fatores Que podem piorar a doença. Muitas pessoas se beneficiam quando conseguem entender o programa terapêutico.
Exercícios e Terapia Física
Dois grandes objetivos da fisioterapia no tratamento são: exercitar os músculos doloridos com exercícios de alongamento e melhorar as condições cardiovasculares com exercícios aeróbicos. Muitas pessoas podem participar de um programa de exercícios que promovam uma sensação de bem estar, aumentando a resistência e diminuindo a dor. Exercícios aeróbicos têm beneficiado pessoas com fibromialgia.
   Você pode resistir a praticar exercícios quando sente dor ou cansaço. Atividades aeróbicas que causam pouco impacto como caminhar, andar de bicicleta, nadar e hidroginástica são considerados como melhor escolha para se iniciar um programa de exercícios. Faça uma avaliação com seu médico antes de iniciar um programa e comece devagar. Uma sugestão é praticar exercícios regulares em dias alternados, aumentando gradualmente suas atividades até atingir uma boa aptidão física.
Gentilmente estenda seus músculos e mova suas juntas até um nível adequado, diariamente, assim como antes e após exercícios aeróbicos. Você pode também consultar um fisioterapeuta para ajudar a estabelecer um programa personalizado e específico para melhorar sua postura, flexibilidade e aptidão física.
COMO LIDAR COM FIBROMIALGIA
Pessoas com fibromialgia freqüentemente se submetem a diferentes testes e procuram vários especialistas em busca de explicações. Isso pode provocar medo e frustração, que podem aumentar a dor. Pessoas com fibromialgia, que externamente não se apresentam doentes e cujos exames realizados são normais, costumam ser olhadas como não tendo um problema verdadeiro. A família e os amigos, assim como os médicos, podem duvidar da veracidade de suas queixas, aumentando o isolamento, gerando sentimento de culpa e irritabilidade nesses pacientes. Você e sua família devem saber que a fibromialgia é uma causa real de dor e fadiga crônicas, que precisam ser tratadas do mesmo modo que outras doenças crônicas. Felizmente, a fibromialgia não necessita ser tratada por toda a vida e não causa deformidades. Embora os sintomas possam variar de intensidade, a condição como um todo raramente progride com o tempo. O fato de se saber que a fibromialgia não é progressiva, permite que não se onere o custo da investigação e que se possa desenvolver uma atitude positiva frente a essa situação. Técnicas de relaxamento (como meditação, relaxamento muscular progressivo, yoga ou biofeedback) podem também ajudar. Quanto mais você aprende sobre esta condição e busca encontrar o meio mais efetivo para diminuir os sintomas, melhor será o resultado.
   Grupos de ajuda e classes educativas organizadas podem surtir efeitos benéficos para muitos pacientes. O fato de você saber que não está sozinho funciona como um meio de suporte. The Arthritis Foundation nos Estados Unidos organiza vários destes grupos. Algumas das pessoas com fibromialgia apresentam severos sintomas que as tornam incapacitadas de exercer suas atividades no trabalho e dentro da sociedade. Esses indivíduos necessitam de mais atenção e de um programa que seja acompanhado por diferentes especialistas como terapeutas físicos, médicos (reumatologistas), especialistas do sono, psicólogos ou psiquiatras, enfermeiros, etc. A grande maioria das pessoas com fibromialgia melhoram e são capazes de manejar seus problemas efetivamente. Entretanto, necessita-se de um melhor entendimento das causas da fibromialgia e dos fatores agravantes para se conseguir um tratamento mais efetivo e se poder desenvolver medidas preventivas.
Cefaleia e fibromialgia: dores além do trauma
Pessoas que sofreram traumas psicológicos podem apresentar sobreposição de sintomas, mais conhecidos como dores crônicas. O subdiagnóstico e a desinformação sobre os efeitos do trauma podem agravar o sofrimento
 Julio Peres - PSIQUE
Fatores genéticos, socioculturais, tipo de personalidade e eventos de vida estão envolvidos no surgimento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). O conceito de transtorno e estresse surgiu em 1980, baseado nos estudos feitos com veteranos de guerra e sobreviventes civis. Pelo fato de os sintomas que originalmente levaram à formulação do atual diagnóstico de TEPT terem sido observados em pessoas com experiên- cias arrasadoras causadas por guerras, deu-se ênfase aos acontecimentos excepcionais de confronto com a morte. A noção de traumatização em razão de experiência de guerra foi alargada a outros eventos de gravidade considerável, como catástrofes, agressões físicas, estupros, espancamento de filhos e abusos sexuais. Contudo, os acontecimentos que podem provocar TEPT são mais numerosos e não necessariamente ligados a catástrofes, como perda de entes queridos, separação conjugal, demissão, parto, aborto, ataque cardíaco, hospitalização, amputações, câncer, AIDS, entre outros. Além disso, as pessoas que experimentam períodos prolongados de angústia podem igualmente desenvolver sintomas pós--traumáticos, sem que um evento particular tenha ocorrido. A existência do Critério A1 (experiência e/ou testemunho de evento traumático que ameaça a vida) não é, portanto, condição indispensável para os sintomas do TEPT emergirem. É realmente difícil prever todos os acontecimentos que poderiam causar o TEPT, especialmente porque os aspectos subjetivos (Critério A2: experiência subjetiva de desamparo, medo, horror) contam decisivamente para a configuração do trauma tanto quanto os aspectos objetivos.
A angústia profunda, a sensação de estar preso, o colapso das crenças básicas, a perda de controle, a percepção de que a vida está em perigo e a integridade física ameaçada (objetiva ou subjetivamente), bem como o desamparo são pistas para um possível diagnóstico de TEPT. Vale lembrar que a descrição “pura” do DSM-IV, que agrupa reexperiência traumática, anestesia emocional e hiperestimulação autonômica, é rara na expressão crônica de indivíduos com traumas psicológicos.
As pessoas traumatizadas apresentam com frequência uma série de sintomas físicos, muitas vezes diagnosticados dentro do leque das síndromes somáticas funcionais, como a enxaqueca, fibromialgia, síndrome do intestino irritável, síndrome da fadiga crônica, entre outras. Uma das primeiras evidências nesse sentido foi trazida por um estudo publicado há mais de dez anos que investigou padrões de dores crônicas em veteranos de guerra do Vietnã com TEPT. Um estudo transversal com 3.982 gêmeos mostrou etiologia traumática comum em nove condições (síndrome da fadiga crônica, dor lombar, síndrome do intestino irritável, cefaleia, fibromialgia, disfunção da articulação temporomandibular, depressão, ataques de pânico e TEPT). Contudo, até agora, os possíveis efeitos do trauma psicológico relacionados a dores crônicas são pouco conhecidos e, por essa razão, chamamos atenção para este tema em nossa recente publicação no periódico Current Pain Headache Report.
As várias faces do trauma
Os mamíferos tendem a reagir especialmente de duas maneiras em situações de risco de morte: “luta/fuga” ou “congelamento”. À luz da teoria da evolução adaptativa, ambos os tipos de respostas levam a ganhos importantes que propiciam a sobrevivência. Os modelos de comportamento defensivo animal mostram que vários deles fogem ou enfrentam seus predadores, enquanto outros fingem estar mortos quando capturados. Em linha com as respostas observadas em mamíferos, dois principais sistemas biocomportamentais estão envolvidos no TEPT: (1) hiperestimulação da reatividade simpática com atividade expressiva do sistema adrenérgico, tipicamente envolvida em respostas como luta ou fuga; e (2) dissociação com reatividade parassimpática, presente em respostas de congelamento. Os dois subtipos apoiam um modelo de fatores de risco ao quadro de TEPT identificados em vários estudos com pessoas traumatizadas. Vias independentes – ansiedade/estimulação e dissociação – eliciam o desenvolvimento de sintomas de TEPT. Estudos com neuroimagem mostraram reciprocidades neurais distintas para os dois tipos de resposta. O primeiro padrão de excitabilidade simpática envolve atenuação da atividade do córtex pré-frontal e maior atividade da amígdala, levando à excitação e contínuo estado de alerta. O segundo padrão (dissociativo) indica elevada atividade do córtex pré-frontal, resultando na inibição da atividade da amígdala, embotamento da resposta simpática e entorpecimento emocional.
Alerta contínuo
Em uma situação de risco desconhecido, alterações periféricas e metabólicas (por exemplo, taquicardia, midríase) refletem a hiperatividade do sistema nervoso simpático e do eixo hipotálamo-hipófise- adrenal (HPA), favorecendo uma resposta imediata de preservação. Porém, a relação entre o nível de ansiedade/ alerta e o desempenho não é mais vantajosa depois de certo ponto. O acúmulo de informações nas vias sensoriais afeta a percepção do mundo ao redor, dificultando, assim, a capacidade de formular novas hipóteses e sínteses adaptativas. Estudos sugerem que o eixo HPA e as respostas exacerbadas de estresse simpático-adrenal-medular são componentes- chave do processo traumático. No subtipo I, a hiperatividade do sistema nervoso autônomo é observada, assim como em grande parte dos pacientes com dor de cabeça.
Sintomas físicos
Dentre alguns sintomas, os indivíduos traumatizados apresentam a Síndrome de Fadiga Crônica. Trata-se de uma condição clínica caracterizada por cansaço físico e mental e de início súbito. Para seu diagnóstico, o paciente deve apresentar fadiga sem causas aparentes por mais de 6 meses, acarretando moderada incapacidade física e mental. Estudos realizados no CDC (Centers for Disease Control and Prevention) em Atlanta nos Estados Unidos, analisaram pacientes com esse quadro e verificaram que eles tinham uma sobrecarga emocional maior do que outras pessoas, assim como sintomas nasais persistentes e infecções de ouvido.
 Desregulação neuroendócrina
Adultos com FM (fibromialgia) podem apresentar taxas elevadas de trauma de infância e anormalidades neuroendócrinas. Considerando essa observação clínica, análises exploratórias foram feitas em 85 mulheres com FM e sugerem que experiências traumáticas graves na infância possam ser um fator de desregulação neuroendócrina nos adultos que sofrem de FM. Outro estudo mostrou que mulheres com FM têm maior probabilidade de apresentar histórico de traumas no período da infância do que mulheres sem FM, e o estresse crônico, na forma de TEPT, pode mediar a relação. De fato, a prevalência do TEPT entre pacientes com FM foi significativamente maior que na população geral.
As estratégias utilizadas pelas pessoas para se adaptarem às circunstâncias adversas decorrentes do trauma foram analisadas com especial ênfase nas diferenças entre os portadores de FM com e sem TEPT. Pacientes com FM apresentaram níveis significativamente mais elevados de supressão de pensamento, sendo que aqueles com TEPT registraram escores mais altos do que os sem TEPT. Esses resultados podem servir para melhor caracterizar os aspectos cognitivos e comportamentais de pacientes com FM e, posteriormente, orientar as inter- venções terapêuticas.
Tentar evitar certos pensamentos incômodos por meio de supressão é uma maneira de enfrentamento frequentemente relacionada a sintomas dissociativos de TEPT. Engelhard e colegas mostraram que a supressão do pensamento tem relação significativa com sintomas agudos de TEPT. Um estudo longitudinal avaliou 967 pacientes que frequentam clínicas de emergência logo após acidentes de trânsito, por três meses e ao longo de um ano. A prevalência de TEPT foi de 23,1% em três meses e 16,5% em um ano. Sintomas crônicos foram relacionados a determinadas medidas objetivas da gravidade do trauma, da ameaça percebida e do nível de dissociação durante o acidente. A persistência da supressão de pensamentos reforça a convergência desse fator para emersão do TEPT. Já um estudo longitudinal sobre TEPT feito após três anos da ocorrência de acidentes rodoviários descobriu que a ameaça percebida e a dissociação durante o evento e a manutenção da supressão de pensamento foram importantes fatores que prediziam a persistência do quadro de TEPT. Assim, a supressão de pensamentos é frequentemente observada em indivíduos com TEPT e FM.
A cefaleia crônica diária é uma síndrome que compreende quatro doenças que têm em comum o fato de apresentarem a frequência da dor de cabeça diariamente ou quase diariamente. Enxaqueca crônica, cefaleia tensional crônica, hemicrania contínua e cefaleia nova diária e persistente são as quatro síndromes que compõem a cefaleia crônica diária. O sistema de dor pode ser ativado a partir do trauma como defesa do organismo. As enxaquecas subjacentes, presentes previamente ao trauma podem se agravar, ou até mesmo iniciarem após o trauma, assim como vários quadros dolorosos crônicos. Dados recentes sugerem que o TEPT pode ser mais comum em portadores de dor de cabeça do que na população em geral.
Para investigar a prevalência de TEPT em pacientes com dor de cabeça e sua relação com a gravidade dessa condição, um estudo avaliou 92 pacientes que preencheram os critérios estabelecidos pela International Headache Society para enxaqueca com e sem aura. O estudo destacou que pacientes com enxaqueca não sofrem de TEPT mais do que a população em geral. No entanto, quando apresentam TEPT, relatam níveis mais expressivos de severidade da dor. Por outro lado, a frequencia de TEPT em pacientes com cefaleia, quer episódica ou crônica, é maior do que historicamente tem sido identificada na população em geral. A sobrecarga do sistema simpático, envolvido no estado de alerta, pode disparar a dor de cabeça, especialmente quando a atividade exacerbada do sistema autônomo é contínua. O estresse crônico pode elevar as expressões do cortisol e disparar a dor de cabeça durante ou após o enfrentamento de situações com relevo emocional decorrentes de ameaças objetivas e/ou subjetivas. Uma significativa prevalência de fatores de estresse traumático e sintomas de TEPT mostrou-se em 64% de uma população com dor de cabeça. Esse e outros estudos sugerem que o TEPT pode ser um fator de risco para a cronificação da dor de cabeça. Portanto, os critérios diagnósticos do TEPT são recomendados como parte da avaliação clínica dos pacientes com dores de cabeça.

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Como desenvolver a autoestima, ganhar confiança e viver com mais entusiasmo.

Paixão, entusiasmo, alegria, esperança e tantas outras emoções positivas são o combustível para uma vida plena de EROS, essa energia magnífica que pode destruir, mas que principalmente pode ampliar.

Mais do que nunca se sabe que as doenças físicas e mentais estão profundamente associadas a fatores biológicos e psicossociais. Portanto, é importante aprender, ou melhor, reaprender a se conectar com o novo, como uma maneira de se atualizar sempre no seu desejo e na maneira de sentir e absorver o mundo que nos cerca.

Posso destacar aqui uma maneira muito simples e quase óbvia, mas que raramente usamos em nosso proveito que são nossos órgãos dos sentidos, pois é através dos órgãos sensoriais que as mensagens de prazer entram em nossa vida,estimulando o desejo.

Por que falar de desejo quando eu quero falar de autoestima, felicidade, estar de bem consigo mesmo ou mesma? Por que reconhecer o seu próprio desejo e satisfazê-lo é o alimento que a alma precisa para dar estrutura ao Ego para suportar os reveses da vida sem ser derrubada por eles.

Usar a visão para olhar o que é belo,ouvir uma música com o coração e a memória, saborear a vida e o bolo de chocolate sem culpas, acariciar e abraçar para se arrepiar; e dessa maneira abrir seus próprios canais de conexão com o mundo e com seus próprios desejos.

É necessário assumir seus prazeres e necessidades, entendendo e aceitando a diversidade em todos os sentidos, com respeito pela própria natureza e pela dos outros. Ser inteiro e a cada dia se reconhecer e se validar, hoje o gozo, amanhã choro, acerto e erro, tendo coragem e medo.

Luz e sombra fazem o todo e aceitar-se assim e se permitir sentir e viver todos os seus desejos e se encontrar com seu próprio EU, aquele que a gente muitas vezes esconde da gente mesma por conta das obrigações e responsabilidades.

Fazer a cada dia um novo dia, em anseios e respostas, abdicando das fórmulas prontas que muitas das vezes está calcada não nos desejos e experiências, atuais, mas sim em dificuldades e medos ultrapassados e sem sentido no hoje, no aqui e agora.



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Há homens que lutam por um dia e são bons.

Há outros que lutam por um ano e são melhores.
Há outros, ainda, que lutam por muitos anos e são muito bons.
Há, porém, os que lutam por toda a vida,
Estes são os imprescindíveis.

Bertolt Brecht.