Diferentes fatores, isolados ou combinados, podem desencadear a fibromialgia. Alguns tipos de estresses como doenças, traumas emocionais ou físicos, mudanças hormonais, etc podem gerar dores ou fadiga generalizadas que não melhoram com o descanso e que caracterizam a fibromialgia. Trauma físico ou emocional podem desencadear a fibromialgia. Exemplificando: uma infecção, um episódio de gripe, ou um acidente de carro, podem estimular o aparecimento dessa síndrome. Pessoas com fibromialgia podem ficar inativas ou ansiosas sobre sua saúde, agravando essa condição. Pesquisas têm também procurado o papel certos hormônios ou produtos químicos orgânicos que possam influenciar na manifestação da dor, no sono e no humor. Eventualmente, essas pesquisas podem resultar em um lehor entendimento sobre a fibromialgia assim como em um tratamento mais efetivo e até mesmo na prevenção.
As opções terapêuticas para a fibromialgia incluem:
- Medicações para diminuir a dor e melhorar o sono
- Programas de exercícios para fortalecer a musculatura e melhorar a aptidão cardiovascular
- Técnicas de relaxamento e outras medidas para diminuir a tensão muscular
- Programas educativos para ajudar você a entender e manejar a fibromialgia.
Seu médico pode estabelecer um plano para atender sua necessidade individual. Algumas pessoas com fibromialgia podem ter sintomas discretos e precisar de um tratamento menos demorado. Isso acontece principalmente quando elas entendem melhor essa condição e identificam os fatores Que podem piorar a doença. Muitas pessoas se beneficiam quando conseguem entender o programa terapêutico.
Exercícios e Terapia Física
Dois grandes objetivos da fisioterapia no tratamento são: exercitar os músculos doloridos com exercícios de alongamento e melhorar as condições cardiovasculares com exercícios aeróbicos. Muitas pessoas podem participar de um programa de exercícios que promovam uma sensação de bem estar, aumentando a resistência e diminuindo a dor. Exercícios aeróbicos têm beneficiado pessoas com fibromialgia.
Você pode resistir a praticar exercícios quando sente dor ou cansaço. Atividades aeróbicas que causam pouco impacto como caminhar, andar de bicicleta, nadar e hidroginástica são considerados como melhor escolha para se iniciar um programa de exercícios. Faça uma avaliação com seu médico antes de iniciar um programa e comece devagar. Uma sugestão é praticar exercícios regulares em dias alternados, aumentando gradualmente suas atividades até atingir uma boa aptidão física.
Gentilmente estenda seus músculos e mova suas juntas até um nível adequado, diariamente, assim como antes e após exercícios aeróbicos. Você pode também consultar um fisioterapeuta para ajudar a estabelecer um programa personalizado e específico para melhorar sua postura, flexibilidade e aptidão física.
COMO LIDAR COM FIBROMIALGIA
Pessoas com fibromialgia freqüentemente se submetem a diferentes testes e procuram vários especialistas em busca de explicações. Isso pode provocar medo e frustração, que podem aumentar a dor. Pessoas com fibromialgia, que externamente não se apresentam doentes e cujos exames realizados são normais, costumam ser olhadas como não tendo um problema verdadeiro. A família e os amigos, assim como os médicos, podem duvidar da veracidade de suas queixas, aumentando o isolamento, gerando sentimento de culpa e irritabilidade nesses pacientes. Você e sua família devem saber que a fibromialgia é uma causa real de dor e fadiga crônicas, que precisam ser tratadas do mesmo modo que outras doenças crônicas. Felizmente, a fibromialgia não necessita ser tratada por toda a vida e não causa deformidades. Embora os sintomas possam variar de intensidade, a condição como um todo raramente progride com o tempo. O fato de se saber que a fibromialgia não é progressiva, permite que não se onere o custo da investigação e que se possa desenvolver uma atitude positiva frente a essa situação. Técnicas de relaxamento (como meditação, relaxamento muscular progressivo, yoga ou biofeedback) podem também ajudar. Quanto mais você aprende sobre esta condição e busca encontrar o meio mais efetivo para diminuir os sintomas, melhor será o resultado.
Grupos de ajuda e classes educativas organizadas podem surtir efeitos benéficos para muitos pacientes. O fato de você saber que não está sozinho funciona como um meio de suporte. The Arthritis Foundation nos Estados Unidos organiza vários destes grupos. Algumas das pessoas com fibromialgia apresentam severos sintomas que as tornam incapacitadas de exercer suas atividades no trabalho e dentro da sociedade. Esses indivíduos necessitam de mais atenção e de um programa que seja acompanhado por diferentes especialistas como terapeutas físicos, médicos (reumatologistas), especialistas do sono, psicólogos ou psiquiatras, enfermeiros, etc. A grande maioria das pessoas com fibromialgia melhoram e são capazes de manejar seus problemas efetivamente. Entretanto, necessita-se de um melhor entendimento das causas da fibromialgia e dos fatores agravantes para se conseguir um tratamento mais efetivo e se poder desenvolver medidas preventivas.
Fatores genéticos, socioculturais, tipo de personalidade e eventos de vida estão envolvidos no surgimento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). O conceito de transtorno e estresse surgiu em 1980, baseado nos estudos feitos com veteranos de guerra e sobreviventes civis. Pelo fato de os sintomas que originalmente levaram à formulação do atual diagnóstico de TEPT terem sido observados em pessoas com experiên- cias arrasadoras causadas por guerras, deu-se ênfase aos acontecimentos excepcionais de confronto com a morte. A noção de traumatização em razão de experiência de guerra foi alargada a outros eventos de gravidade considerável, como catástrofes, agressões físicas, estupros, espancamento de filhos e abusos sexuais. Contudo, os acontecimentos que podem provocar TEPT são mais numerosos e não necessariamente ligados a catástrofes, como perda de entes queridos, separação conjugal, demissão, parto, aborto, ataque cardíaco, hospitalização, amputações, câncer, AIDS, entre outros. Além disso, as pessoas que experimentam períodos prolongados de angústia podem igualmente desenvolver sintomas pós--traumáticos, sem que um evento particular tenha ocorrido. A existência do Critério A1 (experiência e/ou testemunho de evento traumático que ameaça a vida) não é, portanto, condição indispensável para os sintomas do TEPT emergirem. É realmente difícil prever todos os acontecimentos que poderiam causar o TEPT, especialmente porque os aspectos subjetivos (Critério A2: experiência subjetiva de desamparo, medo, horror) contam decisivamente para a configuração do trauma tanto quanto os aspectos objetivos.
Os mamíferos tendem a reagir especialmente de duas maneiras em situações de risco de morte: “luta/fuga” ou “congelamento”. À luz da teoria da evolução adaptativa, ambos os tipos de respostas levam a ganhos importantes que propiciam a sobrevivência. Os modelos de comportamento defensivo animal mostram que vários deles fogem ou enfrentam seus predadores, enquanto outros fingem estar mortos quando capturados. Em linha com as respostas observadas em mamíferos, dois principais sistemas biocomportamentais estão envolvidos no TEPT: (1) hiperestimulação da reatividade simpática com atividade expressiva do sistema adrenérgico, tipicamente envolvida em respostas como luta ou fuga; e (2) dissociação com reatividade parassimpática, presente em respostas de congelamento. Os dois subtipos apoiam um modelo de fatores de risco ao quadro de TEPT identificados em vários estudos com pessoas traumatizadas. Vias independentes – ansiedade/estimulação e dissociação – eliciam o desenvolvimento de sintomas de TEPT. Estudos com neuroimagem mostraram reciprocidades neurais distintas para os dois tipos de resposta. O primeiro padrão de excitabilidade simpática envolve atenuação da atividade do córtex pré-frontal e maior atividade da amígdala, levando à excitação e contínuo estado de alerta. O segundo padrão (dissociativo) indica elevada atividade do córtex pré-frontal, resultando na inibição da atividade da amígdala, embotamento da resposta simpática e entorpecimento emocional.
Dentre alguns sintomas, os indivíduos traumatizados apresentam a Síndrome de Fadiga Crônica. Trata-se de uma condição clínica caracterizada por cansaço físico e mental e de início súbito. Para seu diagnóstico, o paciente deve apresentar fadiga sem causas aparentes por mais de 6 meses, acarretando moderada incapacidade física e mental. Estudos realizados no CDC (Centers for Disease Control and Prevention) em Atlanta nos Estados Unidos, analisaram pacientes com esse quadro e verificaram que eles tinham uma sobrecarga emocional maior do que outras pessoas, assim como sintomas nasais persistentes e infecções de ouvido.
Adultos com FM (fibromialgia) podem apresentar taxas elevadas de trauma de infância e anormalidades neuroendócrinas. Considerando essa observação clínica, análises exploratórias foram feitas em 85 mulheres com FM e sugerem que experiências traumáticas graves na infância possam ser um fator de desregulação neuroendócrina nos adultos que sofrem de FM. Outro estudo mostrou que mulheres com FM têm maior probabilidade de apresentar histórico de traumas no período da infância do que mulheres sem FM, e o estresse crônico, na forma de TEPT, pode mediar a relação. De fato, a prevalência do TEPT entre pacientes com FM foi significativamente maior que na população geral.
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