Existem 4 tipos básicos de tecidos: tecido conjuntivo, tecido epitelial, tecido muscular e tecido nervoso. O tecido conjuntivo sustenta os demais tecidos e os une, incluindo os tecidos ósseo, sangüíneo e linfático, além dos tecidos que proporcionam suporte e estrutura à pele e aos órgãos internos. O tecido epitelial é o que proporciona cobertura às superfícies do corpo, incluindo a pele e os revestimentos das diversas passagens internas. O tecido muscular abrange os músculos estriados (chamados também de voluntários) que movem o esqueleto e os músculos lisos, tais como os músculos que envolvem o estômago. O tecido nervoso é formado por células nervosas (neurônios) e é utilizado para transportar "mensagens" para e provenientes de diferentes partes do corpo. ALTERAÇÕES CAUSADAS PELO ENVELHECIMENTO
Todas as células sofrem alterações causadas pelo envelhecimento. Elas se tornam maiores e perdem a capacidade de se dividirem e se reproduzirem. Entre outras alterações, pode-se citar o aumento dos pigmentos e das substâncias graxas dentro das células (lipídeos). Muitas células perdem sua capacidade funcional ou começam a funcionar de maneira anormal.
As alterações gerais causadas pelo envelhecimento aos tecidos incluem o acúmulo de resíduos nos mesmos. Em muitos tecidos, há um acúmulo de um pigmento graxo marrom denominado lipofuscina, além de outras substâncias graxas. Com o envelhecimento, o tecido conjuntivo torna-se cada vez menos flexível, o que torna os órgãos, vasos sangüíneos e vias respiratórias mais rígidos. Devida á alteração que ocorre com as membranas celulares, muitos tecidos passam a ter mais dificuldade para obter o oxigênio e os nutrientes necessários, assim como para eliminar o dióxido de carbono e os resíduos.
Muitos tecidos perdem massa (um processo que se denomina atrofia) e alguns tecidos se tornam inchados (nodulares), mais rígidos ou apresentam outras alterações.
Os órgãos também sofrem alterações com o envelhecimento. Isso se dá devido às alterações nas células e nos tecidos. Os órgãos ao envelhecer perdem sua funcionalidade de forma gradual, mas progressiva, e há uma diminuição da capacidade funcional máxima. Essa perda geralmente não é notada, pois raramente uma pessoa necessita utilizar seus órgãos em sua capacidade máxima.
A reserva orgânica é a capacidade "extra" que os órgãos têm além das necessidades normais. Por exemplo, quando se é jovem o coração é capaz de bombear aproximadamente 10 vezes a quantidade que realmente necessita para preservar a vida. Porém, após os 30 anos de idade, perde-se em média 1% dessa reserva a cada ano. Outros órgãos também perdem a reserva orgânica que pode variar de pessoa para pessoa e entre os diferentes órgãos de uma mesma pessoa. As alterações mais significativas ocorrem no coração, nos pulmões e nos rins.
Essas alterações aparecem lentamente e ao longo de um período prolongado de tempo. Assim mesmo, quando um órgão é submetido a um trabalho mais intenso do que de costume, ele pode não ser capaz de aumentar sua função, e essa situação pode levar ao desenvolvimento de uma insuficiência cardíaca súbita ou outros problemas. As situações que acarretam uma carga de trabalho extra ("estressores" corporais) compreendem certos medicamentos, doenças, alterações significativas no estilo de vida, aumento súbito das exigências físicas sobre o corpo (como uma alteração súbita de atividade ou exposição a uma maior altitude) e ocorrências similares. A perda da reserva também torna mais difícil restaurar o equilíbrio do corpo. O processo de eliminação das drogas do corpo torna-se mais lento, assim passam a ser necessárias doses menores dos medicamentos e os efeitos colaterais tornam-se mais comuns. Os efeitos colaterais dos medicamentos podem imitar os sintomas de muitas doenças, dessa forma é fácil confundir uma reação a um medicamento com uma doença. Alguns medicamentos apresentam efeitos colaterais totalmente diferentes em pessoas idosas e em pessoas jovens.
TEORIA DO ENVELHECIMENTO
Ninguém sabe realmente como e por que as pessoas apresentam alterações a medida que envelhecem. Algumas teorias afirmam que o envelhecimento é causado pelo acúmulo de lesões causadas pelos raios ultravioleta, pelo "desgaste e deterioração" do corpo, por subprodutos do metabolismo, etc..., enquanto outras teorias vêem o envelhecimento como um processo predeterminado que é controlado geneticamente. Entretanto, nenhuma teoria explica de forma suficiente todas as alterações causadas pelo processo de envelhecimento, o qual é um processo complexo e variado que se diferencia na forma como afeta a diferentes pessoas e órgãos. A maioria das pessoas que estudam o envelhecimento (denominados gerontologistas) acreditam que o envelhecimento é o efeito cumulativo da interação de muitas influências ao longo da vida. As situações que afetam o processo de envelhecimento englobam hereditariedade, meio ambiente, influências culturais, dieta, exercícios, lazer, doenças prévias e muitos outros fatores. Ao contrário das alterações da adolescência que são previsíveis num intervalo de poucos anos, cada pessoa envelhece a uma velocidade única. Alguns sistemas começam a envelhecer a partir dos 30 anos, enquanto outros processos de envelhecimento só se desenvolvem muitos anos mais tarde. Embora existam alterações tipicamente relacionadas ao envelhecimento, elas ocorrem a velocidades diferentes e com extensões diferentes. Não há um modo confiável de predizer especificamente como uma pessoa irá envelhecer, incluindo sua idade em anos (idade cronológica). Na realidade, os diferentes sistemas orgânicos de uma mesma pessoa "envelhecem" a uma velocidade diferente.
TERMOS
- ATROFIA:
- as células encolhem. Se uma quantidade suficiente de células diminui de tamanho, todo o órgão se atrofia. Essa geralmente é uma alteração normal causada pelo envelhecimento que pode ocorrer em qualquer tecido, sendo mais comum no músculo esquelético, coração, cérebro e órgãos sexuais secundários (como as mamas). A causa da atrofia é desconhecida, porém pode estar relacionada à redução no uso, à redução da carga de trabalho, à redução do suprimento de sangue ou da nutrição das células e à diminuição do estímulo nervoso ou hormonal.
- HIPERTROFIA:
- as células aumentam de tamanho. Esse aumento de tamanho é causado por um aumento das proteínas celulares, tais como a parede celular e as estruturas internas da célula, e não, por um aumento do líquido celular. Quando ocorre a atrofia de algumas células, outras podem hipertrofiar-se na tentativa de compensar a perda de massa celular.
- HIPERPLASIA:
- o número de células aumenta e há um aumento na taxa de divisão celular. A hiperplasia geralmente ocorre como uma tentativa de compensar a perda de células, permitindo que alguns órgãos e tecidos se regenerem, incluindo a pele, o revestimento dos intestinos, o fígado e a medula óssea. O fígado é um órgão especialmente bom para a regeneração, uma vez que pode repor até 70% de sua estrutura no período de duas semanas após uma lesão.
- os tecidos com uma capacidade limitada de regeneração são os ossos, as cartilagens e os músculos lisos ( como os músculos que envolvem os intestinos). Os tecidos que raramente ou nunca se regeneram são os nervos, o músculo esquelético, o músculo cardíaco e o cristalino do olho. Quando algum desses tecidos sofrem uma lesão, ele é substituído por um tecido cicatricial.
- DISPLASIA:
- o tamanho, o formato ou a organização das células maduras torna-se anormal. Essa condição é conhecida também como hiperplasia atípica e é muito comum nas células do colo uterino e no revestimento do trato respiratório.
- NEOPLASIA:
- é a formação de tumores cancerosos malignos e pode ser uma extensão dos processos responsáveis pela hiperplasia e hipertrofia. As células se reproduzem rapidamente e podem apresentar formas pouco comuns e função anormal.
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