Este ano, duas novíssimas pesquisas avaliam a questão e desfazem alguns mitos, como o de que, ao agir no sistema cardiovascular, o café poderia trazer prejuízos ao coração. Um dos trabalhos, da Universidade de Harvard, (EUA), avaliou, durante quatro anos, em 44 mil homens e 84 mil mulheres, a associação entre o consumo habitual da bebida e os riscos de doenças cardiovasculares. Nenhum dos indivíduos estudados apresentava história prévia de males do coração. Chegouse à conclusão que não existem evidências para responsabilizar o café pelo aumento do risco de doença coronariana. De acordo com os dados levantados, outros fatores como a ingestão de gorduras, o fumo e o sedentarismo, esses, sim, afetaram a saúde cardíaca do grupo analisado. Já o estudo realizado pela Universidade de Helsinque, na Finlândia, focou a relação do consumo de café com o diabetes - que atinge cerca de 50% dos pacientes coronarianos. O resultado apontou que tomar a bebida proporciona redução do risco de diabetes tipo 2 em homens e mulheres, não importando os níveis de atividade física, índice de massa corporal e utilização de álcool. Segundo a nutricionista Rosana Perim Costa, do Hospital do Coração, (SP), esse levantamento associa os ácidos clorogênicos, polifenóis com ação antioxidante, de concentração significativa no café e que reduzem o nível de glicose na circulação, promovendo uma ação antidiabética. "As pesquisas mostram que as substâncias presentes no café podem retardar a absorção da glicose, prevenindo diabetes tipo 2", considera.
Segundo Rosana Perim, o consumo moderado do pequeno grão traz outros benefícios como, por exemplo, diminuir a depressão. "Várias análises apontam ainda que a cafeína é capaz de amenizar quadros de doenças crônico-degenerativas, como o mal de Parkinson, Alzheimer e esclerose múltipla", afirma. "Por ser estimulante, o fruto do cafeeiro, pode induzir ao aumento do metabolismo, auxiliando na queima de calorias", justifica. "Mas nada substitui a alimentação balanceada e a atividade física regular", complementa a especialista.
Uma xícara, mas coado, por favor!
Os efeitos do café na saúde podem estar relacionados ao modo de preparo por causa do cafesol e do kahweol contidos no alimento, como demonstrou Rosana Perim Costa, em sua tese de mestrado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Segundo ela, a concentração dessas substâncias varia de acordo com a forma como a bebida é feita, o que determina o aumento dos níveis de colesterol total e do mau colesterol", explica. "O cafesol e kahweol são eliminados durante o preparo da bebida em água fervida, mas são removidos pelo filtro de papel ou de pano. Porém, o café turco e o expresso contêm índices altos.
Destruindo Mitos
Nos últimos dez anos, pesquisas médicas sobre o alimento buscam provar se ele é seguro e deve fazer parte de uma dieta equilibrada. Um artigo publicado pela Universidade de Brasília (de origem no British Journal of Nutrition) descreve efeitos positivos do café nas respostas psicoativas e neurológicas, bem como em desordens metabólicas como o diabetes.
A cafeína, no entanto, é o maior foco de atenção da ciência, pelo impacto que pode causar na hipertensão. "Porém, as evidências indicam que, embora esta substância eleve a pressão arterial logo após a ingestão, não se pode dizer que o café causa hipertensão. A Universidade John Hopkins, (EUA), comprovou o fato em estudo que considerou o consumo moderado de café - até cinco xícaras pequenas por dia. Por isso, é recomendado que se evite tomá-lo em demasia", orienta Rosana Perim.
Só faz mal
A
Só não explicou o que seria "EXCESSO".
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