Definição
Alteração na freqüência e/ou no volume do sangramento menstrual.
Etiologia
O ciclo menstrual normal dura de 2 a 7 dias com sangramento de 20 a 60 ml e apresenta intervalo de 21 a 35 dias em dois terços das mulheres. Se ocorrer sangramento mensal superior a 80 ml a paciente pode vir a apresentar anemia. Fisiologicamente, próximo à menarca (nos dois primeiros anos) e na perimenopausa, devido à freqüência de ciclos anovulatórios, a menstruação se manifesta de forma irregular na freqüência e na quantidade de sangramento.
A principal causa de irregularidade menstrual durante o menacme é hormonal. Entre as principais causas hormonais temos a hiperprolactinemia, hipo e hipertireoidismo, síndromes androgênicas (síndrome dos ovários policísticos, diabetes mellitus), ciclos anovulatórios com ausência da ação da progesterona (hemorragia uterina disfuncional), distúrbios hipotalâmicos, efeito colateral do uso de anticoncepcionais e falência ovariana precoce. Outras causas sempre devem ser afastadas, como os sangramentos que podem ocorrer no início da gestação, leiomiomas, pólipos endometriais e endocervicais, câncer do colo uterino e do endométrio, lacerações do colo uterino e vaginais traumáticas ou infecciosas, leucoses e discrasias sangüíneas.
Clínica
Devemos realizar anamnese detalhada caracterizando: a mudança no padrão de sangramento habitual, o emprego de métodos anticoncepcionais, se existe progressão da intensidade do sangramento, se o sangramento ocorreu após o coito ou trauma genital e sintomas e sinais associados. A presença de coágulos sempre indica sangramento em quantidade aumentada. As queixas clínicas associadas podem envolver obesidade, aumento de pêlos, acne (sd. androgênicas), galactorréia (hiperprolactinemia), astenia (hipotireoidismo, anemia), massa pélvica (leiomioma, gestação), dor em hipogástrio, corrimentos (cervicites e neoplasia de colo uterino). No exame físico geral, pesquisar derrame papilar, hirsutismo, acne, freqüência cardíaca. Ao exame ginecológico descartar pólipos endometriais, lacerações ou lesões de colo e vagina e corrimentos vaginais. Caracterizar o tamanho do útero ao toque bimanual e a presença de eventuais aumentos anexiais (gestação ectópica, cistos ovarianos).
Diagnóstico
Toda paciente com irregularidade menstrual no menacme e vida sexual ativa deve realizar teste de gravidez. Excluída a possibilidade de gestação, a ultra-sonografia pélvica preferencialmente transvaginal fornece informações a respeito de possíveis cistos ovarianos, pólipos, e miomas (submucosos e intramurais principalmente). Em casos de espessamento endometrial, deve ser realizada histeroscopia diagnóstica. Dosagens hormonais específicas segundo a suspeita clínica podem ser realizadas (glicemia de jejum, TSH, SDHEA, androstenediona, testosterona livre). O hemograma vai mostrar os níveis de hemoglobina e o número de plaquetas; por sua vez o coagulograma mostra possível alteração da via intrínseca ou extrínseca da coagulação.
Em casos de suspeita de alcoolismo, pesquisar a função hepática (TGO, TGP, bilirrubinas). Nas cervicites e vulvovaginites, a secreção vaginal deve ser encaminhada para exame microbiológico. O diagnóstico de hemorragia uterina disfuncional é de exclusão.
Tratamento
As opções terapêuticas envolvem diretamente a causa do sangramento. Em relação à gestação, deve ser feito o diagnóstico diferencial dos sangramentos do primeiro trimestre. No caso de sangramentos de causa endócrina, corrigir a moléstia de base. O uso de método anticoncepcional pode trazer regularidade menstrual para pacientes anovu-ladoras. Nos casos de pólipos e miomas submucosos com sangramentos em grande quantidade a conduta por vezes é cirúrgica (ressecção histeroscópica/ miomectomia). O uso de antiinflamatórios não-hormonais (cetoprofeno, diclofenaco, ibuprofeno) e de antifibrinolíticos (ácido tranexâmico), quando não ocorrer contra-indicação ao seu uso, levam à diminuição do sangramento.
Não se deve utilizar medicação hormonal até o esclarecimento da etiologia. As infecções pélvicas devem ser tratadas com antibióticos segundo o agente. Evitar medicações de amplo espectro de forma empírica e repetida pelo risco de seleção de flora resistente.
Oi eu tomei akela depovera injeção trimestral pela segunda vez e não paro de sangrar ai tomei akele primosinton e logo DPS fui ao g.o e ele me passou Biofrenid sera q ele vai cortar esse sangramento ?
ResponderExcluirBiprofenid e o nome comercial do Cetoprofeno, logo VC esta tomando cetoprofeno e o esperado e a redução do fluxo menstrual
ResponderExcluirBiprofenid e o nome comercial do Cetoprofeno, logo VC esta tomando cetoprofeno e o esperado e a redução do fluxo menstrual
ResponderExcluirEu estava com a garganta inflamada, tomei cetoprofeno, sendo que eu adoeci próximo de menstruar. E a minha menstruação veio somente aquela borra de café e bem pouco. Será que foi o cetoprofeno que fez com que não descesse o sangue?
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