Junto com a diarréia, o quadro clínico da intoxicação alimentar inclui náuseas, vômitos e dor abdominal que varia
Por que as pessoas estão mais suscetíveis à intoxicação alimentar no verão?
Observamos maior suscetibilidade à intoxicação alimentar nos meses do verão e no final da primavera, porque as temperaturas e a umidade do ambiente estão mais altas, dificultando a conservação dos alimentos. Nesta época, os cuidados para evitar a contaminação microbiológica dos alimentos devem ser redobrados. As crianças menores e os idosos são mais suscetíveis às complicações da intoxicação alimentar em decorrência da possibilidade de desidratação.
Quais os alimentos mais fáceis de estragar e provocar a intoxicação alimentar?
Quanto maior o teor de proteína e gordura do alimento, mais fácil ele é contaminado. As carnes em geral, a maionese e os crustáceos são um exemplo disso.
Alimentos vendidos na praia, como camarão, queijos e sanduíches naturais, podem ser consumidos?
Como foi dito acima, os cuidados com a refrigeração e o manuseio dos alimentos são fundamentais para conservação. Nas praias, além da alta exposição solar, os refrigeradores estão longe do local de consumo dos alimentos. Camarão e queijo são muito ricos em proteínas e gorduras, e os sanduíches naturais (nem tão naturais assim) geralmente incluem pastas com maionese que também têm grandes chances de contaminação. Além disso, é preciso lembrar que um alimento muito consumido no verão é o palmito, que facilmente se deteriora em condições inadequadas.
Em caso de diarréia aguda no verão, como se deve agir?
Se houver suspeita de diarréia aguda associada à intoxicação alimentar, e os episódios de náusea forem acompanhados por aumento do número de evacuações, principalmente em idosos e crianças com menos de 5 anos, é aconselhável procurar um serviço médico de pronto atendimento (postos de saúde e hospitais) para avaliar a necessidade de hidratação venosa.
Em caso de não haver postos de saúde e hospitais próximos, o que fazer?
Caso seja possível, começar o tratamento em casa logo após o início do quadro. Ofereça ao paciente soluções isotônicas e soro caseiro em pequenos volumes por vez a cada hora. Prefira líquidos mais gelados porque são mais bem tolerados por pacientes com náuseas e vômitos. Se após 6 horas do início do quadro os sintomas pioram, e o paciente não consegue ingerir o líquido por via oral, a procura por atendimento em unidade de saúde é necessária.Não ofereça alimentos sólidos nas primeiras 6 horas que se seguem ao início dos sintomas, pois podem piorar o quadro clínico de vômito e diarréia.
Remédios para o estômago são indicados?
Na maioria das vezes não se deve medicar o paciente fora do ambiente das unidades de saúde, com exceção da oferta de líquidos, como dissemos acima. Os vômitos e a diarréia são mecanismos de defesa do corpo para expulsão do alimento contaminado, e remédios só devem ser prescritos e administrados nas referidas unidades de saúde.
Qual o ciclo da intoxicação alimentar?
Na maior parte dos casos os episódios são autolimitados. O indivíduo ingere o alimento contaminado, inicia o quadro clínico em 6-24 horas após a ingesta, e em torno de 48 horas após os episódios de náusea e diarréia cessam.
Como evitar a diarréia e a intoxicação alimentar em viagens?
Além dos cuidados habituais já citados, é necessário pesquisar sobre o sistema de tratamento de água e as condições de saneamento da cidade ou país
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